Paulinho da Viola emociona o público na primeira noite do Natal da Cidade 2014

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Foto: Secom - PMVC
Foto: Secom – PMVC

Enquanto está no palco, munido do violão ou do cavaquinho, o cantor e compositor Paulinho da Viola quase não conversa com o público que o assiste. Nem precisa. Afinal, um artista com uma folha corrida tão extensa de serviços prestados à música popular brasileira, pode se dar ao luxo de apenas cantar, emendando vários sambas de sucesso, um atrás do outro, sem intervalos, num show que é praticamente todo autoral – exceções feitas em apenas dois momentos, nos quais Paulinho cantou Lupicínio Rodrigues e seu mestre maior, Zé Kéti.

Ao se apresentar na noite de sexta-feira, 19, no Centro Glauber Rocha – Educação e Cultura, Paulinho da Viola confirmou que não haveria nome mais apropriado para ser o artista convidado na primeira noite da 18ª edição do Natal da Cidade. Sua simpatia, aliada à forma educada com que se relaciona com o público e com a imprensa, e ainda à ternura contida nos sambas que canta, têm muito a ver com o clima que perdura no evento natalino promovido pela Prefeitura de Vitória da Conquista. “Desilusão”, “Coração leviano”, “Bebadosamba”, “Foi um rio que passou em minha vida”, os clássicos foram sendo cantados. O público cantou junto, quando o artista afinal entoou aquela que talvez seja sua canção de maior apelo popular – “Pecado capital”. A chuva fina, que insistia em cair, não foi suficiente para afastar quem se mantinha em frente ao palco – a ponto de exigir, enfaticamente, que o artista e seus músicos retornassem a ele, quando já se preparavam para deixá-lo.

Foto: Secom - PMVC
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Agradecido, Paulinho presenteou-os com uma versão emocionante de outro clássico pungente. E começou a cantar “Sinal fechado”, no mesmo momento em que luzes vermelhas explodiam dos holofotes que, postados sobre o palco, o iluminavam. ‘Privilégio, maravilha’ – Postada junto à grade, o mais próximo que pôde chegar do palco onde Paulinho cantava, a estudante Elaine Souza, atualmente no 3º semestre do curso de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), sambava sem parar. “É mais do que gratificante. É tão raro a gente ver assim, de pertinho. Realmente, é um privilégio, uma maravilha. Só tenho a agradecer”, disse. Aos quase 25 anos, que completará em janeiro, ela é fã de Paulinho da Viola. E acaba de se tornar, também, admiradora de Vitória da Conquista, onde passou a morar em março, vinda de Feira de Santana. “Ter isso aqui em Conquista é muito positivo. Faz com que somem muito mais as coisas que a cidade pode oferecer. E, com isso, faz com que as pessoas gostem mais do envolvimento cultural da cidade”, observou.



Cultura, Vitória da Conquista

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