Durante inspeção do juiz de Execuções Penais, Reno Soares, do Conselho Penal e de representantes da Defensoria Pública do Estado da Bahia, que pediu a interdição, foram encontrados dois escorpiões, preso que dormia numa cama de cimento sem colchão, esgoto entupido e falta de água potável. A visita aconteceu na tarde de ontem (segunda-feira).
“Se fôssemos fazer uma criação de porcos, era capaz de fazer a Vigilância Sanitária vir aqui e nos multar, dizendo que aqui a gente não tinha condição de criar animais”, comparou o juiz Reno Soares.
Presos do módulo interditado também relataram que a comida estava em “péssima qualidade”. “Só vem água na comida, para achar um caroço de feijão ou arroz tem de pescar”, ironizou o detento Aelson Sousa Lima, 30 anos.
Já o esgoto do presídio vive entupido, pois foi projetado para no máximo 70 presos – nesta segunda, a unidade prisional estava com 259 detentos, quando a capacidade é para 187.
O diretor do presídio, Alexsandro de Oliveira (foto), revela que a expectativa é de que até a próxima quarta-feira (22) a reforma tenha início no presídio.
“A equipe da Superintendência de Construções Administrativas da Bahia, que é a Sucab, já esteve aqui realizando todo o estudo. A reforma visa modificar toda a estrutura, além de pintura, esgotamento e outros pontos importantes”.