Silvicultores conhecem oportunidades de negócio em palestra da Abaf na Expoconquista

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Por Ascom Abaf 

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Plantadores de eucalipto do sudoeste da Bahia conheceram nesta terça-feira, 25, durante a Expoconquista, em Vitória da Conquista, oportunidades de negócios variadas no ramo da silvicultura, em palestra do diretor executivo da Abaf (Associação Baiana de Empresas de Base Florestal), Wilson Andrade.

Realizada no stand da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), apoiadora da iniciativa, a palestra de Andrade mostrou que o investimento em silvicultura tem gerado bons resultados, sobretudo com relação a geração de energia e produção de carvão.

A palestra teve como tema “Florestas plantada como oportunidade de investimento”. Também estiveram presentes ao evento estudantes de engenharia florestal, professores universitários e profissionais do setor.

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O evento foi apoiado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas), Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, Caixa Econômica Federal, Assossil (Associação de Silvicultores do Sudoeste da Bahia), Acivic (Associação Comercial de Vitória da Conquista), Ainvic (Associação das Indústrias de Vitória da Conquista) e pelo Sistema Fieb/Cieb.

Na palestra, foram apresentados dados de 2012 que apontam que a Bahia possui 617 mil hectares de florestas plantadas, o que corresponde a apenas 1% do território baiano.

“Há muita terra ainda para plantar”, observa Andrade, segundo o qual, agregada a cada plantio florestal, está a manutenção ou recuperação de 430 mil hectares de florestas nativas preservadas.

Conforme os dados apresentados, em 2012 o setor de silvicultura cresceu 2,6% na Bahia e participou com, aproximadamente, 16% do total de US$ 11,5 bilhões das exportações estaduais, ocupando o segundo lugar no Estado, e contribuindo com 49% do saldo da balança comercial baiana.

Foi informado ainda que o setor movimenta R$ 1,1 bilhão em impostos federais, estaduais e municipais, e gera cerca de 320 mil empregos, entre diretos, indiretos e de efeito renda.

Rendimentos

Andrade destacou que hoje tanto o grande produtor quanto o pequeno podem ter muitos lucros com o plantio de eucalipto, por meio do fomento – esquema em que o proprietário recebe apoio técnico e incentivos para produzir.

“Além de lucrar, a pessoa que investe em silvicultura está contribuindo com o meio ambiente por meio de biotecnologia arbórea, absorção de carbono pelas plantas, conservação da biodiversidade, recursos hídricos e solo”, disse Andrade.

De acordo com a Assossil, já existem na região cerca de 44 mil hectares de terra plantada com eucalipto.

“É um setor que promete crescer muito na região e essa palestra contribuiu muito para trazer novos conhecimentos para o setor”, disse o diretor da Assossil, Wagner Lopes Correia.

Para o professor de engenharia florestal da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), Adalberto Brito, o setor de silvicultura ainda é novo na região e palestras como a da Abaf trazem esclarecimentos e perspectivas de atuação.

“Acho que para o setor se desenvolver mais rápido o que precisa também é o governo flexibilizar mais as leis ambientais, pois ela atrasa em muito a atuação”, afirmou Brito.

Com 120 hectares plantados de eucalipto, já prontos para colher, o fazendeiro Jaime Maia também critica as leis ambientais do governo, mas o maior problema para os produtores da região é a falta de mercado comprador da madeira.

“Ainda não sei pra quem vou vender minha madeira, nem quanto vou colher”, disse, ressaltando que a palestra trouxe novas ideias sobre atuação de mercado. “Saio daqui animado e já com alguns planos”, finalizou.



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