Por Mariana Kaoos
Dia desses estava cá pensando com os meus botões sobre a função social que o jornalista exerce e o poder que ele tem em mãos. Digo, o ato de noticiar um fato não é apenas o ato de noticiar um fato. O ato de noticiar um fato é pautar conversas, direcionar posicionamentos, implantar (de maneira sutil ou escancarada) ideologias, conceitos, criar e destruir ideias, culturas e simbolismos. O ato de noticiar um fato é dar relevância a ele através de palavras e garantir a aderência e atenção de novas pessoas para o tema, bem como a possibilidade inclusive de investimentos financeiros.
Dentro do universo jornalístico, nós costumamos usar um termo intitulado gatekeeping. Esse conceito diz que gate keeper é aquele ou aquela que define o que será noticiado de acordo com o valor notícia, relevância social, linha editorial e por aí vai. Ou seja, gatekeeping é alguém de muito poder nas mãos.
Falando propriamente dos sites jornalísticos de Vitória da Conquista, acredito que a maioria dos profissionais engendrados nos veículos cumpram também a função de gate kepper. E aí, de uma maneira geral, podemos elencar os temas mais relevantes e mais noticiados (política, assassinatos, problemas estruturais na cidade, esportes). A cultura também é pautada, mas com diversos poréns:
. Matérias sobre cultura de massa aparecem mais, principalmente se for a nível nacional;
. Falando da cultura local, eventos de grande porte ganham muito mais destaque. Ex: Shows no Parque de Exposições e na Arena Miraflores, eventos no Shoping Conquista Sul, Natal da Cidade, Forró Pé de Serra do Periperi e Festival da Juventude, prêmios e inauguração de novos espaços, etc;
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