AVC causa uma morte a cada 6 minutos e meio e custos hospitalares quase dobram em cinco anos no Brasil

 

Por Anna Nazco

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. De acordo com um levantamento da consultoria Planisa, a cada 6 minutos e meio uma pessoa morre vítima de AVC no país, o que evidencia a gravidade e a necessidade de ações de prevenção e diagnóstico precoce.

Entre 2019 e setembro de 2024, foram registradas mais de 85 mil internações relacionadas à doença, com média de 7,9 dias de permanência hospitalar por paciente. No total, o tratamento gerou gastos superiores a R$ 910 milhões para o sistema de saúde, sendo R$ 417,9 milhões em diárias de UTI e R$ 492,4 milhões em enfermarias. Somente nos nove primeiros meses de 2024, as despesas já ultrapassavam R$ 197 milhões.

O número de internações e os custos quase dobraram entre 2019 e 2023, acompanhando o aumento da incidência da doença, que passou de 8.380 para 21.061 casos hospitalares. Segundo o Ministério da Saúde, o AVC ocorre quando há interrupção ou rompimento do fluxo sanguíneo no cérebro, o que compromete as funções neurológicas e exige atendimento rápido para reduzir sequelas.

Os sintomas mais comuns incluem confusão mental, dificuldade para falar ou compreender, perda súbita de visão, dor de cabeça intensa, tontura e fraqueza em um dos lados do corpo. O diagnóstico é feito principalmente por tomografia computadorizada, que ajuda a identificar o tipo do AVC, squêmico (por entupimento) ou hemorrágico (por rompimento de vaso).

Entre os principais fatores de risco estão hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, idade avançada e histórico familiar. De acordo com a Organização Mundial do AVC, até 90% dos casos poderiam ser evitados com hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular, reforçando a importância da prevenção e da informação como aliadas no combate à doença.