Greve dos professores em Conquista: secretário questiona dados levantados pelo sindicato

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Os professores municipais de Vitória da Conquista estão em greve por tempo indeterminado. A greve está condicionada, segundo declarações da presidente do sindicato, Geanne Oliveira, à apresentação por parte da prefeitura, dos números que expliquem a diferença de quase R$ 2 milhões que ultrapassam a folha de pagamento da educação apresentada pela Prefeitura Municipal, que diverge do valor levantado pelo Simmp.

Segundo o Simmp, o quadro de servidores da educação soma 1.663 profissionais concursados e 2.364 profissionais contratados, levando a uma folha da Ordem de R$4.140.764,18, enquanto o da Prefeitura totaliza R$6.119.528,37, havendo portanto uma diferença que se aproxima dos R$ 2 milhões.

“Se foi esta condição, a greve não deveria acontecer”, afirmou o Secretário de Administração, Valdemir Dias, em entrevista à Mega Rádio. “O Simmp fez um levantamento com data base de janeiro de 2014, ou seja, pegaram no site da Transparência e Tribunal de Contas os salários e fizeram um montagem, uma a uma. Na mesa de negociação, na primeira reunião, apresentaram este número e nós contestamos e dissemos que não correspondia a realidade e tem muita inconsistência”, afirmou.

Valdemir disse ainda que a Prefeitura não tem obrigação de apresentar estes números ao Simmp, “mas pela boa relação, vamos levar para que possam fazer o comparativo”, afirmou o secretário, dizendo ainda que na última terça-feira a Prefeitura entrou em contato com o sindicato para tratar do tema. “Vamos disponibilizar a folha para ela ver a inconsistência. Na lista dela faltam pelos menos 200 servidores”, garantiu.

O Secretário também respondeu sobre os servidores que constam na Folha de pagamento da educação sem ser profissional da área. “A educação é um área muito grande, e certamente precisa de outros profissionais para suprir suas necessidades, a exemplo do carpinteiro, o profissional que vai dar manutenção nas carteiras, mesas e outros objetos; o motorista que leva e traz um grande número de professores e por isso tem estes profissionais na Folha, que não recebem pelo Fundeb, mas pela própria prefeitura”, justificou. Fonte: Mega Rádio