Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb
Esse filme tem um certo poder sobre minha pessoa não sei explicar o motivo de ter o visto 3 vezes. Sabe aqueles filmes que começam mal pacas? . A Rede Social em meu ponto de vista começa de forma impecavelmente chata, talvez, para mostrar o quão controversa é a figura de Mark Zuckerberg,que como o mundo inteiro sabe e está cansado de saber é criador do Facebook, um dos maiores fenômeno s da internet hoje em dia . Apesar de contada entre idas e vindas no tempo, o roteiro tem um ritmo crescente e vai conectando o espectador, a cada instante, no universo daqueles jovens brilhantes que revolucionaram, a sua maneira, as relações humanas neste início de século 21.
Embora seja baseado no livro “Bilionários Por Acaso”, o que se vê no filme é que o sucesso e o dinheiro, não necessariamente nessa ordem, não são bem um fruto do acaso. E um dos lances mais legais do filme, bem dirigido por David Fincher, é mostrar que a obsessão de Mark em criar uma ferramenta que estabelecesse um elo entre as pessoas, mesmo que superficial, foi responsável por desfazer a única união verdadeira (de amizade) que ele tinha no mundo real.
O filme também não é sobre a total falta de traquejo social do protagonista, por mais que isso seja essencial para compreendermos o mesmo. E também não busca debater se o criador do Facebook seria um babaca ou não, ainda que a questão esteja presente no início e no final da produção.
A Rede Social é, na verdade, um filme sobre a complexidade do ser humano, sobre como este pode ser ao mesmo tempo inocente, calculista, indiferente e apaixonado. Sobre como a vida de uma pessoa pode cair em um caminho errado por mais que profissionalmente apareça como um Rei Midas, em que tudo o que toca se transforma em ouro. Como a maioria já assistiu, não direi que recomendo, so direi que é um filme muito bem produzido, algumas pessoas podem ate não gostar mas o considero excelente.