
Ao menos 16 baianos foram presos durante a megaoperação deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na terça-feira (28), o governo do Rio confirmou 64 mortes — 60 de suspeitos e 4 de policiais. Já nesta quarta (29), moradores da Penha resgataram vários corpos em áreas de mata que ainda não constam no balanço oficial, o que pode elevar o total de óbitos.
A Defensoria Pública do Rio informou acompanhar os casos e aponta mais de 130 mortes relacionadas à ação. As identidades das vítimas encontradas nesta quarta ainda estão sendo levantadas pelos órgãos de perícia.
Entre os mortos está Júlio Souza Silva, 29 anos, natural de Salvador. Segundo informações colhidas pelas forças de segurança, ele seria ligado a uma facção do Nordeste de Amaralina, tinha passagem por tráfico de drogas e cumpria pena em regime semiaberto. Com o suspeito, os agentes apreenderam um fuzil com a bandeira da Bahia e nove motocicletas.
Os 16 baianos presos foram conduzidos para unidades da Polícia Civil fluminense. Até a última atualização desta reportagem, não havia confirmação dos nomes e locais exatos de prisão de todos os detidos.
Equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e do Instituto Médico-Legal (IML) seguem na identificação dos corpos e na análise balística. A Polícia Civil instaurou inquéritos para apurar autoria, dinâmica dos confrontos e eventual participação dos presos nos crimes investigados.
A reportagem segue em contato com as autoridades do Rio e da Bahia para atualização dos números, identificação dos detidos e esclarecimentos sobre os procedimentos adotados. Esta matéria será atualizada assim que houver novas informações oficiais.


