

O jornalista Felipe Oliveira, repórter da TV Bahia, usou suas redes sociais nesta semana para relatar um episódio de racismo estrutural vivido por ele recentemente, durante o exercício da profissão. Em um vídeo publicado em seu perfil, Felipe contou que foi alvo de uma abordagem discriminatória ao tentar entrar em um prédio no bairro da Pituba, área nobre de Salvador, para realizar uma entrevista.
Segundo o relato, ao chegar à portaria do edifício para encontrar o entrevistado, o jornalista informou seu primeiro nome e o número do apartamento. A resposta do porteiro, no entanto, revelou o preconceito velado presente na situação.
“Estava trabalhando, precisei gravar uma entrevista com uma pessoa que mora em um apartamento. Ao chegar na portaria, eu disse o meu primeiro nome e o número do apartamento. E a pergunta que eu recebi foi: ‘É serviço, é?’. Pra muita gente pode parecer uma pergunta normal, mas a gente sabe que não é. Isso é o racismo estrutural”, desabafou Felipe.
O caso repercutiu amplamente nas redes sociais e gerou manifestações de apoio ao jornalista, que destacou a importância de denunciar e expor situações como essa, muitas vezes naturalizadas no cotidiano.
A emissora ainda não se pronunciou oficialmente, mas colegas de profissão e internautas se solidarizaram com Felipe, reforçando o debate sobre o racismo estrutural e institucional presente em diversos espaços sociais.


