Conquista: Prefeitura divulga nota de resposta

Em relação à matéria publicada neste blog, em que o atual diretor informa, erroneamente, que a superlotação do Hospital de Base é fruto da “falta de atendimentos nas unidades básicas de saúde do município” (sic), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) solicita a correção dos dados equivocados repassados ao ilustre blogueiro.

A Atenção Básica de Vitória da Conquista possui 68 equipes de Saúde completas, com médicos em 100% das unidades e realiza cerca de 220 mil atendimentos por mês. Isto representa um aumento de 47% dos atendimentos médicos em 2023, se comparado ao ano passado. Por si só este aumento mostra a eficiência o Sistema Municipal.

A superlotação no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) não se deve à Atenção Básica, até porque esses
pacientes, via de regra, não possuem indicação de internamento. Na realidade a falha está no sistema de atendimento e cuidado dos pacientes de média e alta complexidade, gerenciado pelo Governo do Estado.

A ausência de uma ação vigorosa do Estado em Conquista e região está sobrecarregando o nosso município com a manutenção dos serviços de alta complexidade, que, ressalte-se, não são de nossa responsabilidade e sim do Governo da Bahia. A ineficiência do atual governo estadual vem obrigando Vitória da Conquista a dobrar os valores de incentivo para atender todos os pacientes da região.

Um exemplo é oferta do tratamento para os pacientes com Glaucoma, em que o recurso federal recebido é de R$ 2 milhões por ano, sendo necessário um aporte municipal de mais R$ 1,5 milhão. Detalhe: o Estado não participa com qualquer contrapartida, mesmo tendo a responsabilidade sobre esse atendimento.

O Governo do Estado, ao longo dos anos não tem se comprometido com a Saúde em Vitória da Conquista e sequer possui o básico: uma maternidade na região. O Esaú Matos é o único hospital público de atendimento materno-infantil no Sudoeste Baiano, e atende mais de 100 municípios. Como todos sabem, ele é administrado pela nossa Prefeitura. Enquanto isso, Ilhéus tem maternidade do Estado e incentivo de R$ 5 milhões por mês. Não conseguimos entender o motivo de tratamento tão diferenciado entre esses dois importantes municípios baianos.

Nesse sentido, é necessário que a atual
administração estadual assuma sua responsabilidade diante dos problemas de Saúde de alta e média complexidade apresentados pela população, e pare de culpar o governo municipal que tem índices de excelência reconhecidos até mesmo pelo Governo Federal.

Secom, 4 de dezembro de 2023.



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