‘Meu sonho é ganhar uma carne’, pede menino de 7 anos em carta ao Papai Noel

a época do Natal algumas crianças pedem em suas cartas ao Papai Noel carrinhos, bonecas, bolas e outros brinquedos. Porém, devido às condições familiares, para outras as prioridades são diferentes. É o caso de Hector, de 7 anos, que mora em Arroio Grande, Rio Grande do Sul. As informações são da revista Crescer.

Desde o início da pandemia de Covid-19, a família do garoto passa por dificuldades. A sua mãe, Patrícia Fros de Braz, 35 anos, e uma irmã mais velha, 19, realizam alguns bicos para conseguir dinheiro. No entanto, a mãe contou que sofre com problemas de saúde e isso a impede de fazer esforço.

Com a diminuição das ofertas de trabalho, os gastos da família também tiveram que ser reduzidos. “A gente compra, mas agora são miúdos, ossos, essas coisas mais baratas”, disse Patrícia em entrevista à revista.

Ajuda nas redes

Emocionada com o texto escrito pelo filho, Patrícia publicou uma foto do pedido em suas redes sociais, o que gerou uma corrente de solidariedade de moradores da região. Segundo ela, o menino demostra desde pequeno ser solidário e preocupado com as pessoas ao seu redor.

“Ele é um anjo, só pergunta sobre os outros”, relata Patrícia.

Fã de churrasco, Hector não come carne desde o Natal passado

A última vez que a família comeu carne vermelha foi no Natal do ano passado. Patrícia conta que Hector é “louco por churrasco”, mas a situação financeira dos últimos meses, aliada ao aumento do preço do produto, dificultou o consumo da família.

“Ele me perguntou se a gente teria churrasco no Natal, eu falei que era bem difícil. A gente compra ossinho de porco, pata de galinha, fígado, às vezes uma coxinha. No ano passado, ganhamos um pedaço de carne e assamos. Foi a última vez. É muito difícil” diz.

Assim que publicou a foto da carta em suas redes sociais, Patrícia passou a receber mensagens de solidariedade — ligações, visitas e até transferências bancárias de pessoas que nem conhece. A ideia de levar a carta aos Correios ou a alguma emissora de rádio local ficou para trás.

“Vou guardar. Marcou demais a vida da nossa família”, conta.



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