A convite do Governo Municipal, uma comitiva formada por empresários e profissionais do ramo da construção civil percorreu, na manhã desta terça-feira, 20, toda a extensão das vias que formarão o Corredor Perimetral em seu sentido oeste-sul-leste. A obra, orçada em mais de R$ 60 milhões, é um dos empreendimentos garantidos para Vitória da Conquista por meio de um convênio com o Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-Mobilidade Urbana).
O percurso, iniciado na avenida Brumado, continuou na Lagoa das Bateias, avançando por Cidade Modelo, Patagônia, Conveima, Felícia e Boa Vista, e sendo concluído nas proximidades da avenida Olívia Flores – ou seja, 12 quilômetros depois, já no extremo oposto do perímetro urbano.
Os integrantes do grupo verificaram as obras de drenagem, terraplanagem e pavimentação, ainda em andamento nuns pontos e já concluídas em outros. A maior concentração de máquinas e operários, atualmente, encontra-se justamente nos quilômetros finais da obra, onde um grupo de professores e estudantes de engenharia se juntaram à comitiva. Nesse ponto homens e máquinas estão construindo a passagem da nova avenida sobre o canal do Rio Verruga para então se conectar à avenida Olívia Flores.
Para fazer a travessia do canal, os técnicos da Prefeitura optaram pela construção de um ármico. Trata-se de uma estrutura formada por dois grandes tubos de aço, cada um com 4,6 metros de diâmetro e 60 metros de extensão.
Os tubos serão aterrados até que o solo atinja 7,5 metros de altura (somando-se a estrutura de aço e as camadas de terra). Nesse trecho, a pista de domínio do Perimetral terá 40 metros de largura e passará sobre a estrutura de 60 metros do ármico. Segundo os técnicos, o aterro será feito de forma que o declive seja suave, minimizando assim a sensação de “frio na barriga” em quem transitar por ali.
Nas obras de drenagem, em vários pontos ao longo do Perimetral, a Prefeitura tem utilizado uma tecnologia mais moderna do que as tradicionais manilhas de concreto. Trata-se de uma estrutura de tubos de PVC e aço, com diâmetro que varia de 1,5 a 1,9 metro, o que garante à tubulação maior vida útil e desempenho mais eficiente ao conduzir a vazão de água. Por ser mais leve, o equipamento é mais fácil e rápido de ser instalado.
Novas alternativas – “Nosso objetivo, desde o início, tem sido a ocupação do solo urbano, observando sempre as questões ambientais e com a preocupação de fazer a infraestrutura necessária. Tenho certeza de que essa obra vai dar aos nossos empresários mais disposição para investir em Vitória da Conquista”, pontuou o prefeito Guilherme Menezes, em conversa com os convidados.
Um dos participantes da comitiva, o empresário Gilberto Prates, sócio-diretor da Prates Bonfim, acredita que o Corredor Perimetral cumprirá seu principal objetivo: oferecer à população uma nova opção de deslocamento, a fim de promover mais equilíbrio ao trânsito e à mobilidade urbana.“Vai desafogar o trânsito e fazer a ligação da zona leste com a zona oeste sem passar pelo centro”, observa Prates. “Hoje, a Luís Eduardo Magalhães, que é uma via importante, está no seu limite. E essa nova via vai também facilitar a chegada às universidades e aos outros órgãos públicos instalados naquela área. Acredito que vá melhorar bem o tráfego da cidade”, acrescentou o empresário.
O professor Orlando Caires, diretor do campus Anísio Teixeira da Universidade Federal da Bahia (Ufba) – localizado bem próximo ao ponto final (ou inicial) do futuro Perimetral – também anteviu benefícios. “É uma grande obra de mobilidade urbana. Vai desafogar o centro da cidade e possibilitar a chegada à Ufba e à Uesb por vias alternativas”, destacou Caires.
