Adolescente é suspeito de ter matado travesti de 62 anos a pauladas na Chapada Diamantina

A Polícia Civil da Bahia investiga o caso de uma travesti de 62 anos que foi morta a pauladas dentro de casa, na última quinta-feira, no município de Seabra. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, o principal suspeito é um adolescente, que ainda não foi apreendido. O crime gerou revolta nas redes sociais entre os defensores das causas LGBT. Segundo dados da ONG Transgender Europe (TGEU), o Brasil ocupa o primeiro lugar em ranking de assassinatos de transexuais.

“Assassinaram a Rosinha, a travesti mais idosa da Chapada Diamantina, na Bahia. Mataram Rosinha a pauladas e ainda colocaram fogo no corpo dela. Rosinha era amada por todos, feirante, bem-humorada e brincalhona. Descanse em paz, Rosinha!”, escreveu no Facebook a professora Sayonara Nogueira, do Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE).

O perfil no Instagram da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+ (RenospLGBTI) também se manifestou sobre o caso, ressaltando que a vítima era “muito conhecida e querida” em toda a região. De acordo com o post, o suspeito teria sugerido um encontro com ela, mas ainda não há informações sobre o que teria acontecido em seguida. A Delegacia Territorial de Seabra segue com investigações para apurar a motivação do crime.

“(Rosinha) já não sofria o estigma e o preconceito por ser travesti, sendo vista mais como uma mulher idosa, bem humorada, brincalhona e trabalhadora”, afirma a publicação da RenospLGBTI. “Sua morte num local onde não é comum acontecer crimes desse tipo, onde normalmente não se ouve falar de crimes lgbtfóbicos, para além da ‘questão pontual’ pode ser lida como um reflexo da cultura de preconceito que ganha força no Brasil”.

 



Destaques, Polícia, Sudoeste

Comentário(s)