Por Wolmar Carregozi Miranda

Há exatos três anos, saía definitivamente de cena o ator conquistense Idalino Lima, o Tonis Lima. Gaguinho, como era conhecido pelos íntimos, teve uma carreira vitoriosa, dentro das possibilidades que tinha ao seu alcance. Produtor e diretor cinematográfico, escreveu seu nome na história de Vitória da Conquista-BA e do cinema nacional.
Gaguinho chegou a ser um dos entrevistados do Programa do Jô, da Rede Globo, ocupando três blocos do programa, o que só acontece quando o Ibope está alto. Além disso também foi motivo de reportagem realizada pelo jornalista Maurício Kubrusly para o Fantástico, também com grande audiência.
Tonis Lima envolvia-se em causas sociais e desafiava o poder público em seus desmandos e tropeços como se estivesse representando seu maior personagem: ele mesmo. Sim, Tonis Lima, como poucos, era ator e personagem ao mesmo tempo.

Vitória da Conquista posa de vedete por ter em sua galeria de famosos dois nomes que representam duas correntes do cinema mundial: o cinema novo (com Glauber Rocha) e o cinema trash (com o Tonis Lima).
Na vida pessoal, Tonis Lima foi uma voz ativa na sociedade. Sempre que tinha a oportunidade de ter um microfone à sua frente bradava aos quatro ventos, com a bravura de um herói, clamando pelos direitos dos fracos e oprimidos. Fazia a vida, literalmente, imitar a arte.
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