Por Shunji Ikuta Filho – Estudante de Cinema da Uesb
Meia Noite em Paris é uma comédia romântica de muito bom gosto. As trilhas sonoras do filme é algo que ajuda a tele-transportar o público para dentro do filme, para o clima de Paris. Ele é um filme dirigido por um dos melhores atores de comédia não tradicional, Woody Allen. Certamente posso afirmar que esse é um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida. O filme é extremamente inteligente, direção de arte, atores e geral. Mas foram três coisas que me chamaram maior atenção nesse filme, que foi a direção de fotografia, roteiro e atuação de Owen Wilson.
Foi um dos primeiros filmes que eu assisti, onde o próprio Woody Allen não está presente como personagem, e que, sinceramente, não fez falta, não por causa que eu ache sua atuação ruim, mas porque Owen, passou uma impressão de ser o próprio Woody Allen, talvez admiração pelo trabalho desse diretor. Com uma atuação muito impressionante, não deixa nenhum ponto falho. O modo que Owen Wilson fala, meio gaguejando, sem muita certeza do que falar.
Uma cena onde Owen interpreta o próprio Woody, quando ele está conversando com Ernist Hemingway, e esse fala que vai levar o livro escrito pelo personagem Gil Pender para ser lido por Gertrude Stein. Ele fica perplexo, parece que na hora Woody encarna no personagem, ele começa a gaguejar, fazer umas caretas, meio que falar sozinho, muito bem interpretado. Sempre gostei muito do ator pelos outros papeis que já fez, mas nesse filme, foi o momento em que eu fiquei fã dele.

Em “Meia Noite em Paris”, ele faz o personagem de Gil Pender, um escritor que se apaixona por Paris, e todos os dias, a meia noite, eu diria que ele se transporta para um novo mundo, a Paris de 1920, a qual considera a melhor década, onde ele pode expressar suas ideias de forma melhor e acaba se apaixonando por Adriana. O Owen Wilson entra no clima daquele personagem: você pode perceber a curiosidade em seu olhar. O Roteiro é muito inteligente. Ele conecta vários intelectuais da época, você pode encontrar personagens como Ernest Hemingway, Salvador Dalí, Gertrude Stein e o casal Fitzgerald, entre outros.
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