Polícia Civil combate rede criminosa que compartilhava fotos intimas de meninas e mulheres na internet

Operação da Polícia Civil Crédito: Reprodução/TV Globo

Por Ellen Mafra

Nesta segunda-feira (30), quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil, após a operação, denominada Operação Abraccio ser deflagrada. A ação acontece contra uma quadrilha que compartilhava imagens íntimas de mulheres nas redes sociais. A ação ocorre em 21 cidades de oito estados, sendo: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Amazonas, Goiás, Piauí e no Distrito Federal.

O grupo agia conquistando a confiança das vítimas através de aplicativos de namoro. Dessa forma, após a convencerem de enviar fotos íntimas, os criminosos passavam a ameaçá-las com a publicação das imagens. Os crimes acometiam meninas e mulheres com idades entre 11 e 19 anos.

Todos os alvos da ação são homens maiores de idade que são investigados por crimes sexuais, torturas, ameaças, misoginia e racismo. “É um grupo criminoso misógino que visava humilhar meninas e mulheres através de violência psicológica, violência física e violência sexual. Tudo virtualmente”, disse a delegada do caso, Fernanda Fernandes.

Eles convenciam as vítimas a participarem de “desafios”, nos quais eram obrigadas a se automutilarem. Quem não cumpria os “desafios”, tinham as fotos íntimas expostas nas redes sociais. O militar da Aeronáutica, Pedro Henrique Silva Lourenço foi preso por ser um dos criminosos que fazia parte do grupo e mandava as vítimas a participar dos “desafios”, de acordo com a polícia.

Também foram presos: Gustavo Barbosa da Silva e João Vitor França de Souza. Vitor Bruno Tavares, que já estava preso, teve a prisão convertida de temporária para preventiva.

As investigações sobre o grupo criminoso  começaram quando a mãe de uma menor de 16 anos procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A partir daí conseguimos identificar esse autor. Ele simulava um envolvimento amoroso com a vítima e, a partir daí, ela mandou a primeira foto íntima e passou a ser coagida e ameaçada”, explicou a delegada Fernanda.

A oficial de justiça disse que a partir das primeiras ameaças feitas, os “desafios” obrigatórios mudaram para o aplicativo Discord. “Começaram a exigir dessa vítima, alguns ela teve que cumprir, acreditando que não ocorreriam consequências e, mesmo tendo cumprido parte deles, eles criaram outro grupo, aí sim para divulgar dados pessoais dela, da mãe da vítima. E os vídeos íntimos”, falou a delegada.

Segundo a polícia, foram apreendidos mais de 200 mil arquivos com fotos e vídeos íntimos das vítimas. Dezenas de mulheres foram expostas em várias partes do país.



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