

Nota Oficial
A Direção Clínica do Hospital Municipal Esaú Matos vem a público esclarecer os fatos relacionados ao atendimento da paciente Bruna Santos Oliveira, que vinha sendo acompanhada pelo pré-natal de alto risco em nossa unidade.
No dia 10 de maio, a paciente deu entrada no hospital apresentando bolsa rota e quadro de pré-eclâmpsia, quando foi internada. Considerando a pressão arterial elevada e a gestação com 31 semanas, foi iniciado o protocolo clínico com sulfato de magnésio, visando o controle da pressão arterial materna e a continuidade da gestação para permitir o amadurecimento dos órgãos do bebê.
Durante todo o período de internação, a paciente foi acompanhada por uma equipe multiprofissional, com monitoramento contínuo, incluindo ausculta fetal regular e cardiotocografia diária – exame que avalia os batimentos cardíacos do feto e as condições uterinas. Até então, tanto a mãe quanto o bebê apresentavam condições clínicas estáveis.
É importante destacar que o diagnóstico de pré-eclâmpsia, por si só, não configura indicação imediata para cesariana de urgência, desde que mãe e bebê estejam clinicamente estáveis. Nesses casos, o protocolo mais seguro e recomendado é o acompanhamento clínico rigoroso, com monitoramento contínuo da mãe e do bebê, visando prolongar a gestação o máximo possível de forma segura, evitando um parto prematuro e seus riscos associados.
Na noite de quinta-feira, 15 de maio, a paciente recusou a realização do exame de cardiotocografia. Na madrugada do dia 16, por volta da 1h30, foi realizada ausculta fetal, com batimentos cardíacos fetais (BCF) de 152 bpm, dentro da normalidade.
Contudo, na manhã do mesmo dia, às 6h, não foi possível identificar BCF na ausculta. O óbito fetal foi confirmado por meio de ultrassonografia.
A equipe médica seguiu rigorosamente todos os protocolos clínicos indicados e manteve o acompanhamento integral da paciente durante todo o período de internação.
Lamentamos profundamente o desfecho e nos solidarizamos com a paciente e sua família neste momento tão difícil. Ressaltamos ainda que todos os eventos adversos são investigados pelo Comitê de Análise de Óbitos e pelo Núcleo de Segurança do Paciente. Nos colocamos à disposição para todos os esclarecimentos necessários