Fraude no INSS gera R$6,3Bi de prejuízo, saiba como criminosos agiram

Por Marco Ryan

Nesta última quarta-feira (23), A Polícia Federal, PF, junto com a Controladoria Geral da União, CGU, deflagraram uma operação que investiga fraudes feitas por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS. Na ação da Polícia, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e seis pessoas que trabalhavam no INSS foram afastadas dos seus cargos pela PF, um deles, Alessandro Stefanutto, Presidente da entidade. 

Para a realização da fraude, os criminosos utilizavam do sistema de descontos associativos, que são associações que retiram mensalmente um valor do aposentado ou pensionista, e garantem descontos em serviços, como academias e planos de saúde. Com esse mecanismo, a quadrilha usava associações que não possuíam estrutura para oferecerem esse tipo de serviço, e cobravam mensalidades irregulares sem a autorização das vítimas, em alguns casos, até assinaturas dos beneficiários do INSS eram falsificadas. 

A Polícia Federal junto com a CGU afastou seis servidores do INSS, Giovanni Spiecker, Coordenador Geral de Suporte ao Atendimento, Vanderlei Santos, Diretor de Benefícios e Relacionamento com Cidadão, Jucimar da Silva, Coordenador Geral de Pagamentos, Virgílio Oliveira Filho, Procurador Geral do INSS, e Alessandro Stefanutto, Presidente da entidade. Após o afastamento, Alessandro Stefanutto foi demitido do cargo pelo Governo Federal. 

De acordo com a investigação, as fraudes começaram em 2019, e desde lá, o valor cobrado dos aposentados e pensionistas gira em torno de R$6,3 bilhões. Além da falsificação de assinaturas, as associações que realizavam as cobranças mensais das vítimas, não entregaram todos os documentos ao INSS para poderem efetuar esse tipo de atividade. 

Como medida de contenção de danos, às associações que estão fazendo cobranças irregulares já tiveram os seus acordos com o INSS suspensos. Além disso, é necessário que aposentados e pensionistas confiram se houve algum débito indevido ou não autorizado, e exclua a cobrança, ambas as ações são possíveis pelo aplicativo “Meu INSS”.



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