
Na última segunda-feira (14), uma verdadeira bomba caiu sobre o Flamengo. A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique por fraude em competição esportiva, em um jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, onde teria forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores.
Em novembro de 2024, o jogador chegou a ser alvo de operações da PF e do Ministério Público do Rio de Janeiro, e a decisão de indiciá-lo partiu do avanço das investigações. Bruno teve o celular apreendido durante um mandado de busca e apreensão em sua casa, na Barra da Tijuca, e no CT do Flamengo. Foram analisadas 3.989 conversas no WhatsApp do atacante, sendo que a maior parte estava vazia ou apagada, evidenciando que tenha havido uma queima de provas.
Além de Bruno Henrique, outras nove pessoas foram indiciadas, incluindo seu irmão, Wander Nunes — com quem trocou mensagens afirmando que iria forçar o cartão amarelo —, a cunhada, Ludymilla Araújo Lima, e a prima, Poliana Ester Nunes, que haviam realizado apostas no mesmo dia do jogo contra o Santos. O atleta e Wander Nunes foram acusados de estelionato e fraude.
O caso ganhou destaque em jornais da América do Sul, como o TyC Sports, na Argentina, e o El País, no Uruguai. Na Europa, o jornal Record, em Portugal, e o Marca, na Espanha, também publicaram matérias sobre a situação do atleta, que é considerado peça fundamental do Flamengo.
A assessoria do jogador não se manifestou sobre o caso, mas, em comunicado oficial, o Flamengo afirmou que: “O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa — valores que sustentam o Estado Democrático de Direito.”
Em postagens nas redes sociais do atacante, há indícios de que o mesmo participará da partida contra o Juventude, que acontecerá nesta quarta-feira (16), pelo Brasileirão. A decisão sobre denunciar os suspeitos agora está nas mãos do Ministério Público, que analisará o relatório da Polícia Federal.
Por Carol Souzza