Por Ellen Mafra
De acordo com o Jornal Correio, um levantamento de intenção de votos feito em cidades de médio e pequeno porte resultou em um cenário adverso para Jerônimo Rodrigues (PT), atual Governador da Bahia. Em uma região que o petista levou quase 60% dos votos nas eleições de 2022, atualmente tem, apenas, um pouco mais que a metade das intenções de voto da população.
A gestão de Jerônimo está a todo custo tentando garantir apoio de prefeitos baianos já para as eleições de 2026. Contudo, esse movimento está sendo visto de forma negativa e provocando insatisfação entre agentes políticos municipais que se reúnem com o governador e seus secretários. Alguns desses gestores, já se pronunciaram publicamente que a parceria institucional com o governo não significa apoio político ao petista.
Essa movimentação contra a gestão do governador veio depois de não conseguirem marcar agendas com Jerônimo, mesmo aqueles que são da mesma cúpula e fizeram campanhas para ele nas eleições de 2022. A articulação política da base já foi avisada da queixa.
Outro ponto levantado pelos gestores municipais sobre o petista é a falta de compromisso e a demora do Governo do Estado em dar um parecer sobre a seca que atinge a Bahia. “Todo ano é a mesma coisa. Já se sabe que vai faltar água, que vai precisar de caminhão-pipa, perfuração de poços, ração para os animais. Não tem mais desculpa”, comentou um prefeito, reclamando ainda que o governo “marca reunião para marcar reunião”, sem efetivamente deliberar nada de concreto.
Outra situação envolvida é o fato de Jerônimo ter pedido mais um empréstimo, contabilizando o 16° pedido à chegar na Assembleia Legislativa da Bahia. Essa nova operação, no valor de R$600 milhões, faz aproximar os R$14 bilhões de dívidas que o Estado acumula. De acordo com o texto encaminhado para a concessão do dinheiro, é que será usado para infraestrutura e mobilidade urbana, mas sem explicar para quais projetos exatamente o dinheiro público será aplicado.