
Por Marco Ryan
No dia 23 de fevereiro, o estudante e comunicador Igor Melo foi baleado por Carlos Alberto de Jesus, policial militar reformado, após ser confundido com assaltante. O fato aconteceu no Rio de Janeiro, por volta das 1h30 da madrugada, após Igor sair de um trabalho temporário que fazia no bar Samba Batuq, e após pegar um mototáxi para voltar para casa, ele e o motorista foram alvejados pelo policial que estava seguindo eles desde a saída do bar.
O caso teve repercussão nacional após familiares de Igor Melo pedirem justiça, já que ele havia sido internado no hospital por conta dos disparos e mesmo assim estava sob custódia de dois policiais, sendo tratado como um criminoso. Sobre a sua situação no hospital, Igor Melo respondeu em entrevista recente ao Fantástico que: “Qual crime eu cometi? Crime de trabalhar? O crime de ser preto? O crime de estar em cima de uma moto de madrugada? Eu não entendi o porquê. Não entendi.”
De acordo com o policial militar, Carlos Alberto de Jesus, a sua namorada, Josilene da Silva Souza, havia sido assaltada no local, e descreveu Igor Melo como o possível assaltante, com isso, ele foi atrás da motocicleta que tinha saído do local. O policial contou que ao se encontrar com o mototáxi que estava Igor, chegou a dar voz de parada, mas, após ver um movimento brusco na moto que poderia ser uma arma, preferiu agir para preservar a própria vida.
A namorada do policial, Josilene da Silva Souza, prestou dois depoimentos à polícia, em um dizendo que Igor havia assaltado ela e apontado uma arma em direção a sua cabeça. Porém, em outro dia, ela citou que viu apenas um volume na camisa de Igor, e pensou em se tratar de uma arma.
O advogado do casal citou que a dualidade no depoimento de Josilene aconteceu por conta do “Calor da emoção” e que depois do ocorrido, as informações faladas por ela foram corrigidas.
Após ser baleado, Igor Melo perdeu um rim e passou por cirurgia por conta de uma lesão nas costas e no estômago. A justiça arquivou as acusações contra Igor, e agora investiga a ação do policial. Enquanto isso, a Rádio Craque Neto contratou Igor Melo como correspondente no Rio de Janeiro, e ele recebeu diversas mensagens de apoio nas redes sociais após o ocorrido.