
Por Allan Victor
Dados da 8ª edição do Boletim da Migração, divulgados pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) registraram a chegada de 194.331 migrantes no Brasil em 2024. Os venezuelanos foram os mais abrigados, com um número de 94.726 recebidos pelo país.
O principal motivo das solicitações de abrigo no país foi a reunião familiar, com 16.567 justificativas, seguida de trabalho e investimentos, com 14.507 e estudo, com 8.725. Além dessas, demais razões foram cumprimento de missão religiosa (2,3 mil), fixação de residência em fronteiras (1.966) e acolhida humanitária (4.317).
Outras informações presentes no boletim descrevem que houveram cerca de 68 mil solicitações de reconhecimento da condição de refugiado, dos quais 13 mil foram concedidos, 24 mil extintos, 28 mil arquivados e 318 indeferidos.
Migração no Brasil
O Brasil é um país que historicamente possui movimentos migratórios internos e externos, como a busca por metais preciosos proporcionando fluxos migratórios para Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, nos séculos XVII e XVIII e, mais recentemente, a vinda de japoneses para o país no século XX, fato que tornou São Paulo a maior comunidade japonesa fora do Japão.
Dados do Boletim da Migração de 2010 a agosto de 2024 registraram a entrada de aproximadamente 1,7 milhão de migrantes, entre residentes permanentes, temporários e fronteiriços. Além de estrangeiros que vivem no país, o boletim também informou que em 2023 a comunidade brasileira no exterior chegava a 4,9 milhões de pessoas, principalmente em países como Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão.
De forma direta e indireta, a imigração no Brasil afetou não só a economia e a política do país, como também contribuiu para a formação da identidade do povo brasileiro, com sua cultura diversificada e costumes.