
Por Marco Ryan
O policial civil, Raphael Gedeão, do Rio Janeiro, efetuou disparos contra o assessor parlamentar, Marcelo dos Anjos, após discussão por conta de entrada em hotel na capital carioca. O caso aconteceu no dia 19 de janeiro, na zona oeste do Rio, e vídeos do acontecimento mostram que os disparos foram feitos a curta distância entre os envolvidos.
A discussão foi toda capturada por câmeras de segurança, e o atrito começou quando o policial Raphael estacionou a sua pick-up em frente a cancela do hotel, após uma tentativa frustrada de entrar no local, ele sai do veículo e vai em direção ao seu apartamento, enquanto o carro permanece na entrada impedindo a passagem. O assessor parlamentar Marcelo chega na localidade e buzina algumas vezes para o carro sair da entrada, porém, como não havia motorista, ele permanece no lugar. Quando Raphael aparece novamente em frente ao hotel, os dois começam a discutir, e nesse momento, Marcelo começa a se aproximar do policial, que ordena que ele não chegue perto, o assessor continua indo em direção a Raphael, que efetua os disparos.
O assessor parlamentar chegou a ser socorrido por um funcionário do hotel, e após a chegada do Corpo de Bombeiros, a morte de Marcelo foi confirmada. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) foram três disparos, um no abdômen, e outros dois nas costas, que fizeram a vítima ter uma hemorragia interna.
Raphael Gedeão, policial autor dos disparos, permaneceu ainda no hotel por cerca de 10 minutos, após isso ele fugiu do local por outra saída, na fuga, Raphael quebrou uma cancela que havia na área. O policial civil se apresentou à polícia na terça-feira, e na denúncia que pedia sua prisão, o juiz do caso afirmou que a agressão foi motivada por uma discussão banal, e a ação de Raphael foi de extrema desproporcionalidade com o caso, o que indicaria que ele é um assassino violento.
Agora, Raphael está na Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói. A defesa do policial civil não informou detalhes do caso, mas de acordo com a mesma, ele agiu em legítima defesa no intuito de preservar a sua vida. A Polícia Civil afirmou em nota que não concorda com abuso de poder, ou desvio de conduta praticado pelos servidores.
A família de Marcelo, vítima dos disparos, não se manifestou sobre o caso, e afirmou não possuir condições em falar após tamanha crueldade. Além disso, os familiares estão na busca em preservar sua segurança depois do acontecimento.