Na última quarta-feira, 11 de setembro de 2024, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou que o governo federal está considerando a reintrodução do horário de verão como uma medida para mitigar os efeitos da crise hídrica no setor elétrico. Segundo Silveira, a decisão depende de uma aprovação política por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O horário de verão foi extinto em abril de 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com base na avaliação de que sua eficácia na economia de energia havia diminuído.
A possível volta do horário de verão tem o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica durante o fim da tarde, quando há um aumento na demanda. Embora a medida possa impactar negativamente o aproveitamento das energias solar e eólica, cuja produção tende a cair no final do dia, o governo acredita que a redução no consumo de energia elétrica nesse período pode ser benéfica.
Além disso, a crise hídrica vem afetando de maneira grave várias regiões do país, incluindo 239 terras indígenas, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O monitoramento mais recente indicou 32 áreas em seca extrema e 207 em seca severa, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. Em julho deste ano, 20 municípios no Amazonas já estavam em estado de emergência devido à escassez de chuvas, agravando a situação hídrica e energética do país.