Conquista: Entidades acreditam que casos do coronavírus não aumentaram devido a reabertura do comércio

A Prefeitura de Vitória da Conquista recebeu nesta 5ª feira (25), notificação da Vara da Fazenda Pública, para apresentar a defesa contra o pedido do Ministério Público, que deseja que o Decreto do prefeito Herzem Gusmão (MDB), seja revogado.

O poder público municipal ganhou um reforço: A Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista (ACIVIC), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista da cidade (SINCOMERCIOVC) apresentaram uma petição junto a ação movida pelo Ministério Público que pede o fechamento do comércio não essencial.

Em entrevista a nossa reportagem, a advogada que assina a petição, Alessandra Zamilute, informou que as entidades acreditam que os casos de coronavírus não aumentaram em virtude da reabertura do comércio.

“Esse dado não procede. Quando o comércio estava próximo a reabrir, haviam muitos casos suspeitos acumulados aguardando a testagem, daí foi feito um esforço para que os testes fossem feitos para ter essa estatística. Esse aumento não se deu depois da reabertura do comércio, os dados apresentados são de outro período. Não houve a aceleração por causa da retomada do comércio. O período de incubação da doença são de 14 dias, então se esse aumento fosse devido a reabertura do comércio, hoje já teríamos com nossos leitos de UTI todos ocupados, e não foi o que aconteceu”.

Ainda na entrevista, a advogada revela que o Ministério Público Federal e Ministério da Saúde estabeleceram critérios para a retomada da economia.

“Não é uma decisão que pode ser tomada por uma pessoa só, e hoje Conquista preenche os critérios objetivos desses dois órgãos, a exemplo de leitos disponíveis, número de testes, EPIs, dentre outros”.

Finalizando a entrevista, as entidades acreditam que essa decisão da reabertura do comércio não é definitiva. “Até porque estamos lidando com uma doença dinâmica, se chegar um momento que aumente a ocupação de leitos, vai ser uma decisão a ser revista. Hoje a cidade preenche todos os critérios para que o comércio continue aberto”, finaliza Alessandra.



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