Bahia: Justiça aceita denúncia e decreta prisão preventiva de suspeito de participação em chacina de motoristas de aplicativo

A denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra um dos suspeitos de participar da chacina contra quatro motoristas de aplicativo, em Salvador, foi aceita pela Justiça. Além disso, a juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto decretou a prisão preventiva de Benjamin Franco da Silva, de 25.

O suspeito, que está preso deste 26 de dezembro do ano passado, estava em prisão temporária, que venceria daqui a três dias. Agora ele passa a cumprir prisão preventiva desde o dia da decisão, na quarta-feira (22). Com a decisão, Benjamin vai ter 10 dias para responder a acusação e logo em seguida o processo é iniciado.

A denúncia do MP-BA à Justiça foi feita na terça-feira (21). O órgão estadual denunciou Benjamin por homicídios qualificados, por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa das vítimas, além de roubo qualificado. Todas as penas podem chegar a mais de 100 anos de reclusão, apontou o órgão.

No documento enviado à Justiça, o promotor Davi Gallo citou a versão divulgada pelo governador Rui Costa, de que os assassinatos teriam sido ordenados por um traficante, após motoristas de aplicativo negarem corrida à mãe dele. O MP-BA acredita que os crimes foram motivados por vingança.

À época da prisão de Benjamin, em 26 de dezembro de 2019, a Polícia Civil informou que o crime teria sido cometido com a motivação de roubar as vítimas.

Na coletiva de apresentação do suspeito, o delegado Odair Carneiro, responsável pelo caso, afirmou que a hipótese de vingança havia sido descartada e negou que os bandidos planejaram o crime porque um motorista negou socorro à mãe de um deles.

G1 entrou em contato com a Polícia Civil para esclarecer a divergência de informações e, através de nota, a corporação informou que não detalha particularidades dos inquéritos policiais, por serem sigilosos, e não comenta manifestações do Ministério Público.



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