Conquista: Após diversas reuniões entre os setores responsáveis, impasse do transporte público continua

O primeiro dia de suspensão de cinco linhas do lote emergencial realizado pela Viação Cidade Verde, em Vitória da Conquista, trouxe muitos problemas para a população afetada. Ficaram a mercê das vans, que não possuem horário definido, e a preocupação aumenta para os próximos dias, já que segunda-feira é dia útil.

Diversas reuniões estão sendo realizadas entre representantes da prefeitura, Cidade Verde e Câmara de Vereadores, mas ainda não foi possível chegar a um acordo.

Em nota, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana disse que essa foi uma decisão tomada pela empresa sem informar e consultar a Semob, disse ainda que vai tomar as medidas cabíveis para que essas linhas sejam mantidas.

O motivo justificado pela empresa seria a grave crise enfrentada no transporte público de Vitória da Conquista. A suspensão vale a partir do próximo sábado, dia 13 de abril. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Em comunicado publicado no site da Câmara de Vereadores esclareceu o que nem a prefeitura e nem a empresa ainda explicaram de forma clara para a imprensa. Confira o comunicado na íntegra:

Ao longo desta sexta-feira, 12, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista liderou duas reuniões com a participação de vereadores, representantes da Viação Cidade Verde e da Prefeitura Municipal, para tentar resolver o impasse gerado pelo anúncio da Cidade Verde de abandonar cinco linhas do lote emergencial do transporte coletivo a partir deste sábado, 13. A tentativa de negociação partiu do presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Gomes (PR), que intermediou os dois encontros. Uma terceira reunião chegou a ser agendada para às 20h desta sexta, para que se chegasse a um consenso. Mas os representantes da empresa informaram por volta das 19h30 que não havia acordo.

“Quando soubemos da decisão da empresa de suspender o serviço, não poupamos esforços para tentar resolver o problema. Essas linhas atendem a zona rural e bairros periféricos, ou seja, sem transporte muita gente será prejudicada. Conversamos com a empresa e com a prefeitura, nos colocamos como conciliadores. Infelizmente, o impasse permaneceu e a empresa manteve a decisão”, afirmou o presidente. Ele ainda frisou que a Casa criou um Comitê de Crise do transporte público. “A Câmara continuará mediando o debate. Não é fácil, mas vamos redobrar o trabalho. Pedimos união neste momento. É necessário uma frente ampla em favor do transporte público de nosso município”, declarou.

O representante da Viação Cidade Verde, Sérgio Hubner, apontou que a empresa está acumulando prejuízos diariamente com a perda de passageiros pagantes para o transporte por vans. As perdas chegam a 53%. De acordo com Hubner, a empresa opera no lote emergencial desde julho de 2018 e somente nesta quinta-feira, 11, recebeu o contrato para a devida assinatura. Outra reclamação apresentada foi a de que a Procuradoria do Município sequer entrou com um recurso contra a decisão judicial que determinou a suspensão da apreensão das vans utilizadas no transporte clandestino de passageiros.

O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Jackson Yoshiura, disse que a deliberação em desassistir parte da população foi tomada pela empresa de forma unilateral. Ele apontou ainda que a prefeitura está fiscalizando o transporte clandestino, contando agora, inclusive, com o apoio da Polícia Civil. Yoshiura garantiu que a Prefeitura está disposta a dar continuidade e aperfeiçoar o que já vem sendo feito no combate ao transporte por vans.

A decisão da Viação Cidade Verde afetará as linhas Pradoso x Centro, Santa Marta x Centro, Senhorinha Cairo x Centro, Lagoa das Flores x Centro, Lagoa das Flores x Uesb.

 



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