Conquista: Prefeitura dá prazo de 30 dias para a Viação Vitória colocar todos os veículos nas ruas da cidade

Quem depende do transporte público em Vitória da Conquista, está passando por um sufoco. Nesta quarta-feira (18), a prefeitura decretou situação de emergência depois que uma fiscalização surpresa, promovida pela Secretaria de Mobilidade Urbana, identificou que 74 dos 80 veículos da Viação Vitória não estão em condições de realizar o serviço.

A empresa é uma das duas que operam na cidade e a fiscalização aconteceu no dia anterior ao decreto. No documento, o prefeito Herzem Gusmão Pereira (PMDB) afirmou que a concessionária não tem feito a manutenção dos veículos e que a situação exige medida drástica para assegurar a continuidade e a eficiência do serviço.

“Considerando que a empresa Viação Vitória Ltda. está agindo com total descaso e abandono de responsabilidade no serviço de transporte público coletivo urbano caracteriza a necessidade de medidas urgentes para saná-la, de forma a evitar prejuízos à ordem pública e à economia local”.

O decreto informa também que as linhas de responsabilidade da Viação Vitória serão repassadas para outra empresa, de forma emergencial e temporária, enquanto os veículos não forem regularizados.

Em nota, a Viação Vitória informou que a empresa tem 30 dias para executar as melhorias no serviço e que aguarda o relatório detalhado da Secretaria de Mobilidade Urbana especificando os reparos que devem ser feitos. A concessionária também disse que 73, e não 74, ônibus foram lacrados.

“No caso dos veículos que necessitam de calibragem e selagem do tacógrafo, a empresa dependerá do cronograma do Inmetro. A empresa não tem ainda como passar uma previsão de quanto tempo será preciso para concluir o processo. Algumas peças precisam ser encomendadas e a mão de obra exige um tempo que varia de carro para carro e de acordo o grau de complexidade do reparo”.

A Viação Vitória atende 27 linhas e transporta 41 mil passageiros por dia. A empresa alega que passa por dificuldades financeiras, que está sob processo de recuperação judicial e que sofre prejuízo de R$ 700 mil por mês por conta do transporte clandestino feito pelas vans.

Informações obtidas a nossa reportagem dão conta de que a Prefeitura deu um prazo de 30 dias para colocar os veículos nas ruas da cidade.



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