Por Mariana Kaoos
A mídia é igualzinha à língua da vizinha:
Acabou ontem a 11ª edição do Festival de Inverno Bahia. Além das inúmeras atrações que se apresentaram no evento, outras coisas protagonizaram os três dias de folia. Vamos elencar algumas delas? Vamos sim! Logo na sequência, quem assumiu o papel de principal vilão dessa trama festivalesca foram os furtos, ocorridos com enorme frequência todas as noites. Mas não foi qualquer tipo de furto. Foram furtos em grande estilo. Sutis e certeiros, como um bom vilão é. Celulares, gravadores, carteiras, dinheiro, chaves, absolutamente tudo que se pode imaginar foi roubado dentro do Festival. Quem saiu no prejuízo foi o público, que além de não desfrutar de segurança dentro do evento, vai ter que gastar dinheiro agora para recuperar o que perdeu.
Mais vilões também apareceram, só que numa posição de coadjuvantes. Um deles foi a sujeira dos banheiros. Outro, a má produção da Arena Eletro Rock no quesito ordem das bandas e djs, longo período de espera entre uma atração e outra e curto tempo de apresentação para cada. Ah! Não dá para deixar de colocar no “bonde do bolo do mal” o alto custo para se alimentar lá dentro. Um espetinho de carne, por exemplo, não saia por menos de oito reais.
Outros pontos do Festival se encaixaram de maneira certeira no papel dos “mocinhos” nessa grande trama. Talvez, o principal deles, tenha sido a imprensa local. Grande parte dos veículos de comunicação (acredito até que todos eles) cobriu o Festival de Inverno Bahia. Seus repórteres transitaram bastante por todos os lugares, isso não se pode negar. Barracão do Forro, Arena Eletro Rock, Camarotes, Back Stage. Todos os espaços foram ocupados por inúmeros jornalistas que fotografaram, realizaram entrevistas e fizeram as mais distintas reportagens sobre os mais distintos assuntos. Mais distintos assuntos, menos um: os problemas do Festival. Não vi em absolutamente nenhum outro veículo de comunicação da cidade a elencar as falhas ocorridas no evento. Será mesmo que não houve nenhuma? Ou o glamour que o Festival de Inverno Bahia oferece é mais forte que o poder de análise critica dos nossos jornalistas conquistenses? Não é possível que em um evento do porte do FIB não haja uma falha e que ela não seja notada e noticiada por ninguém. Sendo assim, fica o questionamento direcionado ao público e a nós, jornalistas comprometidos com a imparcialidade e a veracidade dos fatos: Com quem está sendo o nosso compromisso, afinal?
Cabelo ao vento, gente jovem reunida:
Para quem pensa que não, tem juventude mobilizada em Vitória da Conquista Sim! Nesse sábado, cinco de setembro, vai rolar o Escambo Cultural Da Juventude, lá na nossa lindíssima Praça da Juventude. O espaço será gratuito e vai contar com diversas atividades bacanas. Para a felicidade do público, muita coisa já foi confirmada e geral vai marcar presença no dia. Vai ter brechó e comidinhas delícia. E também artesanato e mostra de curtas, com o ilustríssimo professor Benival, do IFBA. Já foi confirmada uma feirinha de livros e vinis. E o mais mais: sarau jovem com Maylon e convidados. Quem está realizando o espaço é a Estação Juventude e a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista. Para quem não sabe chegar lá, aqui vai o endereço: ela fica situada no bairro Cruzeiro, próximo ao Viaduto. Ainda não se encontrou? Então anota aí mais uma referência: a Praça da Juventude fica próxima ao Poço Escuro. Chegando no bairro Guarani, é só perguntar onde que ela está, que todo mundo sabe indicar. O Escambo Cultural está marcado para começar a partir das 14 horas. Junta a galera e chega mais!
Ninguém pode calar dentro em mim essa chama que não vai passar:
Vamos pensar em cultura e qualidade e sorrisos e apresentações? Vamos! E vamos pensar quando? A partir de agora! Não só pensar. Pensar e produzir. Nesse próximo domingo, seis de setembro, quem faz show no Teatro Carlos Jehovah é Ítalo Silva, um dos maiores intérpretes de Vitória da Conquista. Ítalo foi vencedor do concurso municipal Por Isso É Que Eu no ano de 2010, é apaixonado por Elis Regina e, segundo os admiradores de plantão, tem um canto tão bonito quanto o de um passarinho. Sobre o show de domingo, ele já tem nome e tema. Intitulado Beta Bethânia, Ítalo fará uma releitura da obras da diva Maria Bethânia e dos seus cinquenta anos de carreira. Quem toca com ele serão os lindíssimos e talentosíssimos Fábio Sharel, Saulo Silva, Tiago Menezes e Eurí Meira. Lá está marcado para começar às 19h30min e os ingressos custarão dez reais. Ítalo é sinônimo de delicadeza e qualidade musical. Com toda certeza, Beta Bethânia será um show recheado de surpresas e sorrisos. Vamos lá dar uma conferida?
Quem tem consciência para ter coragem:
No próximo dia sete de setembro, comemoraremos em todo o país o dia em que nosso querido e amado Dom Pedro I, chegou lá nas Margens do Rio Ipiranga e, da sua boca, saiu um grito há muito contido: “Independência ou Morte”. É. É o dia de festejar a independência do Brasil. Escolas vão desfilar, bem como os militares com seus clarins e banda completa. O palanque dos políticos já está sendo montado e, ao que tudo indica, vai ser uma festança. Mas pera ai, nem tudo são flores. Há quem acredite, através de profundas análises e inserções sociais, que o Brasil não está totalmente independente como a grande maioria alega. Ainda somos reféns de formas políticas arbitrárias (como faz o deputado do momento Eduardo Cunha), de intolerância religiosa. Ainda sofremos pelo racismo, pela homofobia, pelo machismo instalado no sistema patriarcal e imperialista. Ainda há miséria por todo o país e discrepâncias sociais. Truculência policial, defasagem na saúde, educação, cultura. E é por tudo isso e muito mais, que no dia sete de setembro teremos, pela 21ª vez, a participação do Grito Dos Excluídos no desfile aqui de Vitória da Conquista. Já tem um monte de grupos dos movimentos sociais confirmados: Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Kizomba, MST, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, União Brasileira de Mulheres, dentre vários outros. A concentração do Grito será em frente ao Ibama, a partir das nove horas da manhã. De acordo com eles a saída vai ser pela esquerda, com o povo na rua. Ah! Ta valendo preparar cartaz e convidar todo mundo, ouviu?
Sobre a falta de críticas na imprensa, provavelmente é o medo da perda de credenciais na próxima edição com certeza.
Um dos erros foi o acesso ao estacionamento , no primeiro dia houve um tumulto muito grande , estavam fazendo uma identificação na entrada por parte do pessoal da Porto Seguro , onde seus segurados tinham acesso gratuito , mas acabou bagunçando o trânsito na entrada , no sábado e domingo foi mais tranquilo .
Outro ponto que vejo um grande erro , é a venda da cachaça no bambu , item este que pode ser usado por uma pessoal mal intencionada , imagina consumir a bebida e depois jogar o bambu para cima no meio da galera , isso pode machucar muito alguém , até mesmo ao jogarem no chão após o consumo outra pessoa pode pegar e fazer isso , além do risco de alguém transitando pisar em falso e ter uma grande torção ou até mesmo quebrar um pé . A cachaça , essa pode continuar sendo vendida no copo descartável , assim como eu sempre faço , compro apenas no copo descartável .
Corajosa a Jornalista aí, em ter relatado os problemas no FIB. A Sudoeste cria todo um glamour em cima, mas nem tudo são flores. Mas o pessoal tem que criticar mesmo, pra resolverem ano que vem.