Inaceitável agressão

banco do povo

Por Marcísio Bahia

Marcísio Bahia é colaborador do Blog do Rodrigo Ferraz
Marcísio Bahia é colaborador do Blog do Rodrigo Ferraz

Não somos um país de moleques, se bem que muitos andam com atitudes que não condizem com o status de ser humano adulto, que entende a responsabilidade dos seus atos. O Brasil vive a gravidade da perda de limites nas ofensas aos sujeitos públicos. É inconcebível que em alguns automóveis que circulam neste imenso território, um adesivo de profundo mau gosto agrida, de uma só vez, questões institucionais, éticas, de gênero, de constitucionalidade, e por aí afora.

Posso falar sem receio, pois não estou sendo partidário ou peça nessa guerra de ofensas bilaterais que inundam todo tipo de comunicação brasileira. As pessoas que erram, exageram, obstruem, roubam, praticam crimes ou se corrompem devem pagar pelos erros, contudo temos uma tábua de leis, regimentos, regulamentos e códigos de conduta para isso. Os insensatos conseguem ir aos extremos da mediocridade, e, sem saber, cometem todo tipo de crime, seguindo a enxurrada lamacenta que a massificação aculturada impõe à massa acéfala, desde nosso descobrimento. Está na formação de nosso povo a ironia, porém existem limites até mesmo para o deboche.

Não aceitar o fato de sujeitos inescrupulosos plotarem seus carros com a Chefe do Estado Maior, de pernas arreganhadas, insinuando um estupro com o bico da bomba de combustível do posto, leva à reflexão de qual enquadramento legal esse tipo de ato se apresenta. Seria bom que alguém do meio jurídico esclarecesse o público em geral, até mesmo para evitar que pobres coitados passem a aderir a esses gestos de desrespeito para com as instituições estabelecidas.



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