Saiba como foi a segunda noite do Festival de Inverno Bahia

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Foto: Laécio Lacerda
Foto: Laécio Lacerda

O público “bateu cabeça”, dançou reggae e pulou ao som de CPM 22, Natiruts e Vanessa da Mata, as três atrações do palco principal nesta segunda noite do Festival de Inverno de Vitória da Conquista, na Bahia. Com shows repletos de sucessos autorais e clássicos da música brasileira, os artistas trouxeram uma mistura de sons que passou do samba ao ritmo paraense do carimbó, a homenagens e críticas ao racismo e ao preconceito. Uma noite para marcar esta 10ª edição da festa que termina neste domingo (31).

Um show para pular, cantar e se emocionar. A banda CPM 22 estreou no festival com muito “bate cabeça”, rock ‘n’ roll e homenagem do público à banda Charlie Brown Júnior.

Para o palco, a banda trouxe os maiores sucessos dos seis discos produzidos ao longo de 13 anos de carreira. Entre as canções que viraram hit na voz de Badauí e foram coro na voz do público estavam “Um minuto para o fim do mundo”, “Regina Let’s Go”, ‘Dias Atrás’ e “O Mundo Dá Voltas”.

Foto: Laécio Lacerda
Foto: Laécio Lacerda

Durante a apresentação, parte do público aplaudiu e gritou “Charlie Brown Jr.” para o  baixista Heitor Gomes, que fez parte do grupo por oito anos. “Uma grande honra ter feito parte da banda”, disse o músico.

“Várias bandas que tocam aqui são amigas nossas: Natiruts, Capital, Skank, Paralamas. A gente faz um som mais pesado, com guitarra distorcida. Mas a gente não alivia, não, a gente coloca no repertório as músicas que a gente sabe que a galera vai cantar”, falou o baterista Japinha, sobre o repertório de sucessos escolhido para a noite.

Foto: Laécio Lacerda
Foto: Laécio Lacerda

Natiruts

Além de um show, uma mensagem de paz. Com o público lotando todos os espaços do evento, a banda Natiruts encantou e pregou contra o racismo. O cantor Alexandre Carlo lembrou do episódio envolvendo o goleiro Aranha, do Santos, e pediu ao público energia positiva para o atleta e também para a jovem Patrícia Moreira, flagrada enquanto gritava “macaco” em direção ao jogador.

“Nesses tempos de racismo, preconceito, a gente precisa botar na cabeça que a autoestima é a melhor saída para resolver nossos problemas. A partir do momento que a gente souber que somos todos iguais, vamos nos sobressair em determinada situação. Essa rapaziada que usa desse artifício vai conseguir chegar muito mais longe. Parabéns ao goleiro do Santos, o Aranha, que segurou a onda”, disse Alexandre.

“Uma salva de palmas para o Aranha. Vamos mandar energia positiva também para a menina, que não merece ser tão execrada, apesar de merecer a punição”, completou o cantor.

Para prender a atenção dos milhares de fãs, não faltaram sucessos. Muitos foram cantados em uma só voz com o público, como “Quero Ser Feliz Também”, “Deixa o Menino Jogar”, “Dentro da Música”, “O Carcará e a Rosa” e “Leve com Você”.

Vanessa da Mata

Com novos arranjos em músicas consagradas, Vanessa da Mata foi do axé ao carimbó no último show desta noite. Em um vestido dourado com detalhes em tricô, a mato-grossense esbanjou beleza, charme e simpatia e esquentou o público que enfrentou frio e chuva nos 15º da cidade conhecida como “Suíça baiana”.

Com bom humor, Vanessa foi do sucesso baiano “Ziriguidum”, tocada apenas por instrumentos, às músicas do novo álbum e ao carimbó, com “Sinhá Pureza”, do compositor Pinduca. Sucessos como “Ainda Bem” e “As Palavras” ganharam nova roupagem e fizeram o público cantar em coro, mesmo debaixo de chuva. “Eu Sou Neguinha”, de Caetano Veloso, empolgou a plateia com a interpretação e o estilo característicos de Vanessa.

O repertório diversificado foi recebido com entusiasmo pelo público, que fez coro nos hits “Você Vai Me Destruir”, “Vê Se Fica Bem”, “Homem Invisível no Mundo Invisível”. Para encerrar, Vanessa “evocou” Iansã, orixá dos raios do candomblé, e em seguida tocou “Banho de Chuva”. Fonte: G1 Bahia



Bahia, Cultura, Vitória da Conquista

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