Na última semana uma denúncia de racismo foi divulgada nas redes sociais dentro de um ônibus do transporte coletivo de Vitória da Conquista.
Em entrevista concedida ao programa Redação Brasil, da Rádio Brasil FM, o coordenador de transportes da Prefeitura Municipal, Sérgio Hubner, fala das providências que estão sendo tomadas.
De acordo com Hubner, a cobradora e motorista foram afastados.
Uma aluna foi expulsa de uma faculdade particular de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador, após fazer publicação racista em uma rede social.
“Odeio Lula, porque ele inventou o Fies e colocou um monte de desgraça na minha faculdade”, escreveu na publicação.
Em seguida, uma pessoa respondeu a publicação: “KKKKKKKKK um monte ** *****”, e a aluna rebateu com o seguinte questionamento: “pobre ou preto?”.
Aluna é expulsa de faculdade particular na BA após publicação racista em rede social — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O anúncio da expulsão foi feito para centenas de alunos da instituição pelo pró-reitor Gustavo Checcucci. [Assista ao vídeo no início da reportagem]
“O conselho [da faculdade] se reuniu para discutir o que iria acontecer e ela não faz parte mais dessa instituição”, disse.
Após o anúncio, os alunos comemoraram e aplaudiram a decisão tomada pela faculdade.
Protesto contra o racismo
Grupo protesta em frente à faculdade da BA após aluna publicar fala racista na internet
Antes da notícia de expulsão da aluna, um grupo de estudantes se reuniu em frente à faculdade e protestou contra o ato racista.
Em um vídeo gravado por um aparelho celular, os manifestantes gritam palavras de ordens como: “Não é nessa instituição que vai ter lugar para racismo” e “racismo não vez”.
Na terça-feira (20), a instituição publicou uma nota de esclarecimento em uma rede social. Confira abaixo na íntegra:
“O Centro Universitário Nobre vem, por meio desta, informar que repudia toda forma de preconceito e violência contra o próximo, sendo que, nesta terça-feira, tomou conhecimento de postagens realizadas por um de nossos discentes, em sua rede social, que não condizem com os valores e políticas de nossa Instituição. Deste modo, esclarecemos que o caso será apurado para que sejam tomadas as medidas administrativas e legais cabíveis”.
Continua repercutindo e ganhando cada vez mais maiores proporções o caso de injúria racial sofrido pela advogada Yudene Martins da Silva, em Vitória da Conquista. Ela foi agredida verbalmente por uma vizinha do condomínio, após solicitar que a mesma retirasse o carro que estava estacionado na vaga dela.
A agressora teria proferido diversas palavras preconceituosas como “égua negra”, “macaca negra”, “urubu preto” e “negra vagabunda”, a acusada ainda teria tentado agredir Yudene fisicamente. Toda a situação foi registrada por câmeras de segurança do condomínio.
Mesmo abalada e em choque com a situação, a advogada conseguiu acionar a Polícia Militar, que compareceu ao local, mas não localizou a agressora.
É importante ressaltar que casos como esses precisam ser repudiados e combatidos por toda a sociedade. E é dever de toda a comunidade cobrar pela devida punição prevista em Lei para a mulher acusada de racismo.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia e a Subseção de Vitória da Conquista manifestam sua irrestrita solidariedade à jovem advogada e conselheira seccional Yldene Martins, que foi vítima de preconceito racial, sendo chamada por uma vizinha de “macaca negra”, dentre outras injúrias raciais não toleráveis no Estado Democrático de Direito. As agressões começaram após a advogada solicitar a retirada do carro de outra moradora que ocupava a sua vaga de garagem.
Em entendimento fixado em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que o crime de injúria racial é espécie do gênero racismo, sendo, portanto, inafiançável e imprescritível, conforme o artigo 5º, inciso XLII, da Constituição Federal. A OAB-BA e a Subseção de Vitória da Conquista repudiam o racismo, reiteram o compromisso de combatê-lo em todas as suas manifestações e reafirmam a disposição de lutar pela promoção da igualdade racial e pela dignidade da pessoa humana.
É inadmissível que no Brasil, maior nação negra fora do continente africano, tenhamos que conviver com práticas cotidianas de opressão que negam direitos e tentam rebaixar o ser humano pela cor da sua pele, origem, raça ou etnia. Como ressalta a filósofa e antropóloga Lélia Gonzalez, “Enquanto a questão negra não for assumida pela sociedade brasileira como um todo: negros, brancos e nós todos juntos refletirmos, avaliarmos, desenvolvermos uma práxis de conscientização da questão da discriminação racial neste país, vai ser muito difícil no Brasil, chegar ao ponto de efetivamente ser uma democracia racial.”
Construir uma sociedade igualitária, cidadã e sem descriminação é dever de todas e todos. A colega Yldene Martins já está sendo acompanhada pela Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Subseção de Vitória da Conquista e terá todo apoio da Subseção e da Seccional baiana da OAB no firme intento de que as leis sejam efetivamente aplicadas e que seja feita justiça.
Em um dia da semana passada, o Carrefour fechou as portas para rever a sua política de vigilância e treinar os seus prepostos e terceirizados no sentindo que se melhorar este tipo de serviço dentro das suas lojas.
Isso ocorre depois da morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, por dois seguranças do supermercado no último dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra (G1). Esse triste fato foi amplamente divulgado pela mídia e causou indignação em muita gente, mas não em todo mundo.
Ao ser questionado sobre o fato, o Vice-Presidente da República declarou que não existe Racismo no Brasil (DW) e que se trata de algo que querem importar para cá, como se a História nos contasse algo bem diferente do que realmente aconteceu durante o período de escravidão no Brasil e dos episódios de cunho racista que ocorrem até hoje.
Um cliente acusa funcionários da loja de utilidades domésticas Le biscuit de racismo e maus tratos contra o seu filho durante a inauguração da filial do estabelecimento, na quarta-feira (20), no município de Cruz das Almas, no Recôncavo baiano.
Em imagens enviadas ao BNews, o homem de prenome Marcelo dialoga com funcionários sobre uma abordagem supostamente exacerbada de seguranças ao filho adolescente, no momento em que o jovem escolhia um aparelho celular na loja. “Eu trabalho para dar ao meu filho o do bom e do melhor. E meu filho chega na loja para escolher um objeto para levar para casa e vocês abordam como se fosse um vagabundo, com a mão na cabeça e ainda dizer que meu filho está muito ‘gaiato’”, relata.
Ele ainda pede as imagens das câmeras de monitoramento para ver o que aconteceu durante a ação que resultou no constrangimento do jovem. “Puxa imagens das câmeras para ver, quem é o gerente?”, pede.
Os funcionários tentam justificar a ação dos seguranças. “É uma empresa terceirizada e não faz parte dos funcionários”, afirma um trabalhador da loja.
Mas o pai do adolescente que sofreu a abordagem continua a reclamação indignado. “Isso porque nossos filhos são pretos pois se entrar um ‘branquinho’ aqui vocês vão tratar bem”, reclama.
Um homem foi às redes sociais denunciar um caso de discriminação racial (vídeo abaixo) que sofreu dentro da agência da Caixa Econômica Federal em Salvador. Crispim Terral afirma que esteve no estabelecimento do Largo do Relógio de São Pedro no último dia 19 pela oitava vez na tentativa de resolver um problema relacionado a dois cheques que voltaram.
No entanto, Terral relata que o gerente do banco o deixou esperando na mesa por mais de quatro horas. “Fui surpreendido mais uma vez pelo senhor Mauro, gerente responsável pela minha conta naquele momento, que me atendeu de forma indiferente enquanto me deixou esperando na sua mesa por quatro horas e quarenta e sete minutos e foi atender outras pessoas em outra mesa. Indignado com a situação, me dirigi à mesa do gerente general, o senhor João Paulo, que da mesma forma e ainda mais ríspida me atendeu com mais indiferença. Quando pensei que não poderia piorar foi surpreendido pelo senhor João Paulo com a seguinte fala “se o senhor não se retirar da minha mesa, vou chamar uma guarnição”, e assim o fez, chamou a guarnição. Dois policiais me pediram no primeiro momento de forma educada para que pudéssemos nos dirigir juntamente com gerente até a delegacia para prestar esclarecimentos. Até aí, tudo bem. O problema foi que ao descer ao térreo da agência, o gerente, o senhor João Paulo, falou que só iria à delegacia se os policiais me algemassem, e que ele ‘não faz acordos com esse tipo de gente'”, conta.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar da Bahia, mas ainda não obteve retorno. As ligações para a assessoria de imprensa regional da Caixa Econômica Federal na Bahia não foram atendidas.
Uma jovem, de 20 anos foi presa na tarde deste sábado (4/8), após desacatar uma guarnição da Polícia Militar e praticar ato de racismo contra um soldado, na cidade de Amargosa, a 240 km de Salvador. Segundo informações de um investigador da delegacia local, policiais da 99ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Amargosa), faziam ronda pelo centro da cidade, quando ouviram a jovem se referir a eles, falando: “bala e fogo nas putas!”.
Ainda de acordo com a polícia, ao ser abordada pelos PMs, ela continuou o desacato, e disse que não iria conversar com um soldado negro. Conduzida à delegacia, não se intimidou e mais uma vez foi desrespeitosa: “Meu Deus! Vou ser presa por um negro?”.
A dentista Heloisa Onaga Kawachiya, flagrada cometendo crime de injúria racial neste sábado (6), na padaria Bonjour, na Rua São Paulo, na Pituba, em Salvador, humilhava funcionários negros do estabelecimento há meses, segundo informaram os trabalhadores da delicatessen ao Varela Notícias.
Daniel Pereira da Silva, de 23 anos, que trabalha na padaria há três anos, explicou à reportagem que o fato já era rotina, mas, desta vez, após uma cliente presenciar a cena e confrontar Heloísa, o gerente do local, Paulo Sérgio, chamou a polícia.
Em depoimento, os funcionários ainda disseram que, além do crime de injúria racial, a dentista era racista e “não queria ser atendida por pretos”. Ela exigia que apenas pessoas de pele clara a atendesse, de acordo com Ubiratan Santos Souza, 22, outro funcionário do local. Segundo ele, quando um funcionário negro se aproximava para atendê-la, Heloísa fazia de conta que não tinha ninguém por perto. Apenas quando pessoas de pele clara se aproximavam, ela aceitava o atendimento.
A dentista Heloísa Onaga Kawachiya tem um consultório na Avenida Antônio Carlos Magalhães, no Itaigara, e trabalha como especialista em radiologia odontológica. A equipe de reportagem do VN tentou conversar com ela, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve sucesso.
Liberdade provisória
Heloísa foi liberada neste domingo (07), após audiência de custódia. A dentista estava detida na Central de Flagrantes desde a tarde de sábado (06), quando foi denunciada pelo gerente do local e por populares.
Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por ser ré primária e não apresentar antecedentes criminais, a liberdade provisória de Heloísa foi concedida. Na decisão da juíza Luciana Amorim, divulgada à imprensa, consta que a defesa alegou que a dentista sofre de transtorno mental de natureza incurável. A polícia quer entender como Heloísa sofre de doença mental incurável e, ainda assim, exerce a profissão em um consultório do Itaigara. O argumento da defesa, no entanto, deve ser comprovado por um laudo médico psiquiátrico em, no máximo, 60 dias.
Uma cliente foi parar no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) denunciando um vendedor de uma loja que usou palavras racistas contra ela em um estabelecimento comercial na Avenida Siqueira Campos, em Vitória da Conquista.
Um dentista foi detido e liberado após pagar fiança acusado de injúria racial. O acusado, de 48 anos, abordou um garçom no Shopping Conquista Sul com palavras chulas.
“vai tomar no …, seu negro” e “não gosto de você, seu negro” e também agredido fisicamente. De acordo com a polícia, em matéria publicada no Blitz Conquista, várias pessoas disseram ter testemunhado o fato.
O dentista é natural de Poções e estava acompanhado da esposa e filho de 6 anos.
Os três homens apontados pela polícia civil do Rio de terem promovido os ataques raciais contra a atriz da TV Globo Taís Araújo, em sua rede social, foram soltos neste sábado (19) pela Justiça. Francisco Pereira da Silva Junior, Pedro Vitor Siqueira da Silva e Thiago Zanfolin Santos Silva estavam presos desde a última quarta-feira (16). Na decisão, a 23ª Vara Criminal do Rio converteu a prisão temporária dos acusados em medidas cautelares para os réus.
De acordo com o alvará de soltura, obtido pelo Estado, os acusados deverão comparecer em juízo todas as vezes em que forem intimados, fornecerem informações sobre os seus endereços e não se ausentarem da comarca de suas residências sem expressa e prévia autorização judicial. A medida foi tomada em reposta a um pedido do delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers, para converter a prisão temporária dos réus para prisão preventiva.
Acusado de fazer parte de uma quadrilha que praticou ataques racistas na internet, o brumadense Tiago Zanfolin Santos Silva, de 26 anos, foi transferido na tarde da última quarta-feira (16) para o Rio de Janeiro, onde as investigações acontecem na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. Segundo informações obtidas pelo site Brumado Notícias, ele viajou em um voo fretado escoltado por agentes civis da polícia carioca. O computador, o celular e o notebook do acusado também foram levados para serem periciados. O brumadense alega que é inocente e que teria tido as senhas pessoais de grupos na internet roubadas. Fonte e foto: Brumado Notícias