Conquista: Sudoeste baiano conta agora com a Casa 2 de Julho

geraldo azevedo

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Aconteceu na última quinta-feira, 21, em Vitória da Conquista, a inauguração da Casa 2 de Julho. A Casa é uma iniciativa da Consulta Popular, Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres – núcleo Maria Rogaciana e do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD) e objetiva melhorar a organicidade desses movimentos na região Sudoeste da Bahia.

O evento contou com a presença de diversos movimentos sociais e populares, sindicatos, professores, políticos e vizinhos, além de muita mística com o palco aberto e o sarau que animou todos/as os/as presentes.

“Sobre a casa, em primeiro lugar eu achei uma iniciativa gratificante, muito importante para os movimentos, pois é uma vitória alugar a Casa, mesmo sabendo que será difícil mantê-la” disse Rosy Santana, Movimento Unificado de Associações de Moradores, e completou “a gente aqui se sente acolhido, já percebe que é um espaço de formação, de informação também; De partilha de conhecimento, pois vemos na sala uma biblioteca e uma livraria, e com a interação entre os militantes envolvidos, a gente se sente inserido nesse processo.”

A Casa 2 de Julho é gerida e sustentada pelos militantes dos movimentos, e por limitações financeiras, criaram uma política de finanças. Atualmente estão com uma campanha de “vaquinha virtual” no catarse, no qual almejam R$ 6 mil para gasto com a compra de materiais para a casa, além da venda dos livros da Editora Expressão Popular e  contribuição dos Amigos da Casa 2 de Julho.

A Casa fica localizada na Av. São Geral, 937 – Alto Maron. Texto: Levante Popular e demais movimentos populares


Cultura, Educação, Sudoeste, Vitória da Conquista

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Conquista: Levante Popular é destaque em programa de TV nacional

mistura de verao

Foi ao ar na Quarta Feira (12/11), pela TV Brasil, um programa de 50 minutos onde o Levante Popular da Juventude – Vitória da Conquista foi um dos entrevistados. Trata-se da série Mais Direitos Mais Humanos, que acompanhou as atividades de 26 grupos que atuam na construção dos Direitos Humanos em todo o Brasil.

Foram abordadas as ações que o Levante desenvolve nas escolas, universidades, periferia da cidade e a sua luta pela participação popular e reforma política. Importante ressaltar que o Levante recebeu em 2012, das mãos de Dilma Rousseff, o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, devido à sua atuação para a abertura dos arquivos da Ditadura.

Assista ao programa no link abaixo:


Bahia, Brasil, Vídeos, Vitória da Conquista

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Existe “Escola sem Partido”?

parque logistico

Nota Pública do Levante Popular da Juventude

 

Alexandre Xandó é um dos membros do Levante Popular da Juventude
Alexandre Xandó é um dos membros do Levante Popular da Juventude

“Escola Sem Partido”: esta é a proposta que surgiu recentemente na Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista. Por iniciativa do vereador Gilzete Moreira (PSB), a proposta, Projeto de Lei 19/2014, busca praticar na rede municipal de ensino de Vitória da Conquista uma “neutralidade política, ideológica e religiosa”. Para os defensores do projeto, a iniciativa justifica-se tendo em vista que é fato notório que professores e autores de livros didáticos vêm-se utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas; e para fazer com que eles adotem padrões de julgamento e de conduta moral –especialmente moral sexual – incompatíveis com os que lhes são ensinados por seus pais ou responsáveis. (http://www.camaravc.ba.gov.br/noticia/5752/projeto-escola-sem-partido-e-debatido-em-audiencia-publica.html)

Interessante ressaltar o mesmo vereador que busca uma “Escola sem Partido”, apresentou um Projeto de Lei que pretende implementar no currículo escolar municipal a disciplina “Estudando com a Bíblia”, que tem como objetivo incutir “no coração das crianças princípios bíblicos, para mostrar que temos um Deus que pode todas as coisas.”

Nós do Levante Popular da Juventude defendemos uma educação libertadora e o Estado Laico, por isso somos manifestamente contrários a ambos os projetos!!!

É de fundamental importância, sempre que possível, desmascarar a pretensa logica liberal da neutralidade da educação. Fato: o “Escola sem Partido” é partidário. A proposta não esconde uma concepção ideológica evidente, a ideologia liberal conservadora, e tem como agenda uma proposta de “despolitização” da escola. É preciso deixar claro: não existe o ato de educar sem que por trás deste não exista uma proposta política (ideológica) que o sustente. Extrair o caráter político desse processo seria esvaziá-lo. Vejamos: Falar de “Descobrimento” do Brasil, pode. Mencionar reforma agrária, não pode. Ensinar nomes de rios e capitais, pode. Discutir a questão racial, não pode. Passar os valores da “família”, pode. Debater casamento homoafetivo, não pode; e os exemplos são muitos.


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