Por Mariana Kaoos
Hello, queridinhos . Como vão vocês nessa segunda feira melancólica? Com aquele misto de sensação de ressaca e saudade pos Festival de Inverno Bahia? Oh, sei bem como é todo esse desejo latente de ardência e poesia captada nas horinhas de descuido, no som de uma banda, no olhar de uma paquera , enfim, nas surpresas e possibilidades das noites frias e fulgazes, em que tudo pode brotar. Bom, para todos nós, que já estamos na espera do que virá ano que vem, segue aqui um breve panorama do que foi bom e ruim no Fib, a fim de que, quem sabe, os erros possam ser findados numa próxima edição e os acertos renovados. Chega mais pra conferir o que rolou por la:
. Ponto positivo para a educação das pessoas que estavam trabalhando (nas mais diversas áreas) dentro do Festival. Todos muito educados e gentis com o público;
. Outra coisa bacana do Fib desse ano: organização e zero brigas. Digo, os shows começaram no horário certo, sem muita enrola e desrespeito com o público. Já em relação às brigas, bom, só pegando o numero exato no Distrito Integrado de Segurança Pública, mas, pelo menos essa jornalista que vos fala não presenciou nenhuma. Até os shows mais agitados como Baiana System e Natiruts foram tranquilos. O público no geral e as mais diversas tribos pareceram conviver “harmoniosamente”;
. Ah, como não falar do Barracão Universitário? Tá bem, eu sei que muitos tem um preconceito gigantesco com o espaço alegando que o mesmo, prioritariamente heterossexual, comporta muito assédio, dentre outras coisas como musica de “baixaria”. Mas, mozões, não é nada disso que vocês estão pensando. Pela primeira vez em dez edições de Festival, fui ao Barracão e me apaixonei. Lá a alegria rola solta e o respeito é valor intrínseco do lugar. Não vi nenhuma briga, bem como assedio ou coisas do tipo. Obvio que fica impossível garantir que não houve nada em momento algum, contudo o que prevaleceu foi a dança e a diversão. As bandas que lá se apresentaram são de muito boa qualidade, apresentando o que de melhor há no universo do forró, baião, xaxado e (por que não?) arrocha;
. Paula Toler é aquele tipo de artista que não tem uma voz escandalosa, tampouco presença de palco voraz. Seus hits, apesar de alcançarem grande sucesso, não são daqueles que estão todo o tempo ecoando nos fones de ouvido das pessoas que andam por aí. Contudo, não há quem não saiba pelo menos uma de suas músicas. Linda, rainha, diva, deia, deusa, Paula se mostrou leve e feliz durante o seu show na noite de domingo, no Festival de Inverno Bahia. Interagiu com o público, brincou, dançou e cantou clássicos desde a época em que integrava o Kid Abelha e as Abóboras Assassinas. Ah, ela também foi educadíssima com a imprensa e fez o que (acredito eu) nenhum outro artista topou durante o Fib: Recebeu os fãs com muito carinho e atenção. Enfim, o que mais falar dessa mulher que deixou a todos babando?