Por Mariana Kaoos
“E eu me entreguei, inocentemente, como um selvagem com um brilho esperto dos olhos de um cão…”
Nessa última sexta feira, 27, fui à casa de Lys. A proposta, inicialmente, era fazer um caldo verde e tomar um vinho barato. Conversar das belezas da vida e sentir a poesia pulsando nos nossos segundos existenciais. Bom, chegando lá, para o meu sorriso e surpresa, o caldo foi substituído por azeitonas e torradas com manteiga e orégano e a cerveja foi o carro chefe das bebidas presentes.
Era meio de tarde e o amarelo do sol intensificava o azul celestial. Cheguei, junto com Larissa Caldeira e Amanda Nascto, numa casa de grade branca, na subida da Urbis I. A cachorra, que mais tarde eu viria saber que se chamava Pitanga, começou a latir e Lys abriu a porta e veio sorrindo nos receber.
Ela me olhou assim, com aquele olhar escorregadio que só ela tem, e, na sequência, entramos em sua casa. Assim, logo de cara, me deparei com um bando de gente sentado em semi circulo no chão da sala. Só depois fui distinguindo rosto por rosto. Amigos, artistas, músicos, pensadores. Lá estavam Igor Barros, Chico Ramalho, Fillipe Sampaio, Isadora Oliveira, Elaine Pretinha e tantos outros que, naquela sexta-feira de amor, transbordaram vida. Vida e cultura. Grande parte dos nossos papos centralizaram-se da criação artística e no fazer cultural.
(mais…)