O assassinato do advogado Júlio Zacarias Ferraz, 43 anos, encontrado morto com as mãos amarradas após 21 dias desaparecido, começou a ser desvendado. Nesta quinta-feira (14), a polícia prendeu a ex-mulher dele, acusada de ser a mandante do crime, ocorrido em janeiro deste ano.
A ex-esposa do advogado é Glaucia Mara Ottan Ferraz, ex-servidora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Além dela, também foi presa sua empregada doméstica Maria Luiza Borges do Carmo, que teria sido pressionada pela patroa para contratar dois matadores para executarem o advogado.
“Desde o início da investigação, a própria família e colegas de trabalho do advogado informaram e avisaram que acreditaram que tinha a participação da ex-mulher. Ele mesmo teria relatado, durante a vida, que ela poderia atentar contra a vida dele”, disse o delegado do caso, Roberto Leal, coordenador da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), de Feira de Santana.
Segundo a polícia, Glaucia, que estava separada de Júlio há seis anos, não aceitava a partilha de bens proposta e, para resolver a situação, teria contratado dois homens para matar o advogado. Cada um deles recebeu R$ 2 mil – os criminosos ainda não foram localizados pela polícia.
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Júlio sumiu no dia do seu aniversário e foi encontrado morto 21 dias depois(Foto: Reprodução) |
No dia em que sumiu, Júlio foi à casa de Glaucia para comemorar o aniversário do filho caçula do casal, de 11 anos. Também era aniversário dele. Um porteiro que trabalhava no dia do sumiço foi ouvido e relatou que o advogado chegou ao apartamento, mas não foi embora.
“Por conta das suspeitas levantadas, começamos a ouvir pessoas próximas a Glaucia. O porteiro dela, por exemplo, disse que viu o advogado entrando no prédio, mas não viu saindo. Posteriormente, ela deu diversas declarações contraditórias e, em uma delas, afirmou que não tinha empregada. Mas todas as outras testemunhas diziam que o casal tinha”, explicou o delegado.
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