Conquista: Uma ótima notícia nesta quarta-feira

Cobertores, alimentos e produtos de higiene. Foram esses itens que a catadora de materiais recicláveis, Gisele Jesus dos Santos, 37 anos, recebeu das mãos de uma guarnição da Patrulha Solidária do Comando de Policiamento Regional (CPR) Sudoeste. Ela e outros trabalhadores informais, que dependem da coleta de materiais recicláveis para sobreviver, foram contemplados nesta terça-feira (24).

Carinhosamente apelidado de ‘Zélia’ pelos colegas com quem divide o espaço do aterro para trabalhar, no bairro Alto do Panorama, em Vitória da Conquista, Gisele não atuava como catadora há alguns anos. Do município de Itambé, ela trabalhava com serviços gerais em uma confeitaria, e depois em um restaurante, que fechou e precisou dispensar os funcionários.

“Sou mãe de quatro filhos e há quatro anos vivo da reciclagem por conta da necessidade. A escolha de ‘ir para o lixo’ foi a fome, principalmente quando vi os meus filhos famintos e não conseguia ajudar, precisei fazer alguma coisa”, conta.

Desde o início da pandemia da Covid-19, as vidas de Zélia e dos outros catadores cruzaram com as de integrantes da Patrulha Solidária. Moradores de Vitória da Conquista e instituições parceiras, juntos com a unidade, conseguem lotar com doações um galpão cedido à unidade.
De acordo com a tenente Maria Alice de Santana, coordenadora da única Patrulha Solidária na Bahia, projetos já estão em desenvolvimento para atender, exclusivamente, a esse público.

“Há um tempo já prestamos atenção nas demandas dessa categoria. Algumas pessoas tem um olhar muito preconceituoso para eles e essa é a nossa forma de acolher”, contou.

A Patrulha Solidária se tornou fenômeno entre os conquistenses apresentando, desde 2020 quando foi lançada pelo CPR Sudoeste, números positivos nas ações sociais.

Em dois anos, a unidade já doou mais de 300 mil litros de água, 210 mil roupas, 57 mil cestas básicas e 160 mil kits de higiene, sem contar nos agasalhos, cobertores, móveis, máscaras de proteção e kits para recém-nascidos, durante ações que abraçam desde a população de rua até pessoas LGBTQIAP+ vulnerabilizadas.

“Tudo isso é o resultado do carinho que nós temos com aqueles que mais precisam. Se fazer presente, mostrar que nós somos amigos é o que faz com que tenhamos resultados positivos e possamos pregar a paz”, finalizou Maria Alice.



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