Mesmo com a melhora da assistência a mulher, observa-se que ainda temos casos de morte materna e neonatal em nosso país em números preocupantes. A Fundação de Saúde Esaú Matos, por exemplo, tem feito sua parte para diminuir situações como essas, buscando melhorar estrutura, reformando e equipando centro cirúrgico, além de qualificar cada vez mais os profissionais que atuam no hospital para reduzir as taxas de complicações maternos infantis e prestar melhor assistência a nossa população.
Entre as ações de capacitação, o Hospital promoveu cursos nesta sexta (07) e sábado (08) que abordaram emergências obstétricas, visando qualificar os profissionais médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que estão envolvidos com a assistência ao parto.
Para o diretor geral da Fundação de Saúde Esaú Matos, Diogo Azevedo, “cursos como esses são de extrema importância, uma vez que a evolução da medicina é constante, e tornar os profissionais que atuam na Fundação atualizados significa torná-los ainda mais capacitados do que já são. E esse é um ciclo que a gente vê lá na outra ponta, quando a gente promove um serviço de qualidade cada vez melhor, e os usuários reconhecem o valor desse serviço ao entrar e sair da Fundação satisfeitos com todo o atendimento”, conclui o diretor.
Foram convidados professores de renome da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que estão viajando por várias cidades do Brasil, promovendo capacitação de profissionais e mostrando a realidade da obstetrícia brasileira. O curso ofereceu atividades teóricas e práticas em emergências obstétricas, manobras obstétricas na assistência ao parto e tratamento cirúrgico das lacerações perineais. A ênfase concentrou-se nas principais causas de mortalidade materna, com destaque para hemorragia pós-parto, síndromes hipertensivas e sepse puerperal. Também foram abordados os seguintes temas da tocurgia: parto vaginal operatório (fórcipe e vácuo-extração), distócia de ombro, parto pélvico vaginal, versão cefálica externa e episiotomia trauma perineal.
As atividades teóricas foram realizadas por meio de exposições objetivas dos principais temas. As atividades práticas são desenvolvidas por meio de oficinas, com uso de manequins, simuladores, peças anatômicas e material cirúrgico. As oficinas desenvolvem treinamento de habilidades para aplicação de suturas uterinas compressivas, ligaduras vasculares, manufatura e uso de balões intrauterinos artesanais e industrializados, aplicação do fórcipe e do vácuo-extrator, manobras para distócia de ombro e parto pélvico vaginal e tratamento cirúrgico de lacerações perineais.
O curso foi ministrado por:
Álvaro Luiz Lage Alves: Médico Ginecologista e Obstetra. Doutor em Obstetrícia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor Adjunto da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Obstetra do Hospital Sofia Feldman e do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Instrutor do Advanced Life Suport in Obstetrics (ALSO). Instrutor Nacional da Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia da Organização Panamericana de Saúde / Organização Mundial de Saúde (OPAS / OMS).
Lucas Barbosa da Silva: Médico Ginecologista e Obstetra. Especialista em Oncoginecologia. Especialista em Mastologia. Doutor pela Universidade Estadual Paulista. Obstetra do Hospital Sofia Feldman e da UNIMED Belo Horizonte. Ginecologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Instrutor do Advanced Life Suport in Obstetrics (ALSO). Instrutor do Fundamental Critical Care Support in Obstetrics (FCCS).
Paulo Roberto Mansoldo Alves: Médico Ginecologista e Obstetra. Ginecologista e Obstetra da UNIMED Belo Horizonte. Ginecologista da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Endoscopista e cirurgião em ginecologia do Hospital Madre Tereza / Belo Horizonte.
