Conquista: Terceiro acusado de participar do assassinato de Hiago é suspeito de ter matado adolescente de 14 anos ‘por engano’

Delegado Marcus Vinícius conduziu o caso com maestria

A Polícia Civil de Vitória da Conquista avança no esclarecimento das razões por que o estudante e motorista de aplicativo Hiago Evangelista Freitas foi assassinado. Depois de ter desaparecido, o corpo dele foi encontrado na sexta-feira (8), parcialmente carbonizado, perto do distrito de São Sebastião, neste município. E, na tarde desta quinta-feira (14), a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) trouxe novos detalhes das investigações. Em coletiva para a imprensa, os delegados Fabiano Aurich, coordenador da 10ª Coorpin, e Marcus Vinícius de Moraes, da DHPP, responsável pelo caso, confirmaram que Hiago não tinha relação com o tráfico, ao contrário de boatos e fakes news espalhados nas redes sociais.

A execução de Hiago ocorreu, segundo a polícia, por ordem de um traficante que se encontra preso no Conjunto Penal de Vitória da Conquista. O motivo: um suposto envolvimento do estudante com a namorada do traficante. Os delegados não disseram o nome do mandante, mas informaram que o intermediário foi Micael Souza Queiroz.

Micael, conhecido por Cael, é o mesmo que foi em setembro preso pela Cipe Sudoeste/Caesg no dia 24 de setembro, acusado de ter matado a tiros Pedro Henrique Silva Santos, de 14 anos, no dia 19 daquele mês, por engano, já que o alvo, segundo a polícia, era o irmão, no bairro Santa Cruz. A Polícia Civil chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas não foi concedida pela Justiça.

A Polícia Civil diz que os bens subtraídos de Hiago, como dinheiro, telefone e o carro, chegaram a ser distribuídos entre os executores e o intermediário, que ficaria com o carro. O delegado Marcus Vinícius disse ainda que o carro não foi abandonado, como noticiado, mas apenas estacionado. “O carro foi deixado estacionado, com o alarme ligado e a chave foi levada, a ideia seria buscar depois que a situação estivesse mais tranquila”, explicou a autoridade policial.

SEM RELAÇÃO COM O TRÁFICO

Marcus Vinícius afirmou que não mais nenhuma dúvida de que foi um crime de mando, por Hiago “ter, supostamente, se envolvido ou tentado se envolver com uma jovem que tem um relacionamento com um traficante que está preso no Conjunto Penal de Vitória da Conquista”. O delegado voltou a dizer que as notícias que circularam nas redes sociais de que Hiago seria um traficante não procedem.

“Isso foi plantado pelos próprios coautores do crime, mandaram uma mensagem com esse conteúdo para a família, se identificando com um indivíduo de uma facção rival, justamente para dificultar as investigações da Polícia Civil. Já identificamos quem foi o intermediário disso e o mandante, mas precisamos, ainda, para ter a prova cabal em relação ao mandante também”. destacou o delegado.

“Esse foi um crime brutal, um absurdo o que fizeram com o jovem. Mas, caminhamos para que seja feito justiça, pelo menos esse alento nós podemos dar à família. Fizemos questão de dar essa coletiva à imprensa antes da conclusão do inquérito para acabar esses boatos dizendo que o rapaz era um traficante quando, de fato, ele não era”, concluiu o delegado Marcus Vinícius de Moraes.

Do Blog de Giorlando Lima



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