No Dia Mundial de Combate à Dor, nessa quinta-feira (17), médicos alertam para grave problema de saúde pública

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dor crônica (aquela que se caracteriza por durar mais de três meses) é um grave problema de saúde pública. Ela se tornou um tema médico tão importante que, nos últimos anos, já é reconhecido como área de atuação específica na prática médica. Só no Brasil, de acordo à Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (Sbed), cerca de 35% da população (ou seja, mais de 70 milhões de pessoas) sofre com este problema. As síndromes dolorosas crônicas mais comuns são: dor nas costas, nas articulações, na cabeça, as musculares e aquelas ligadas ao tratamento e padecimento de doenças, como câncer.

A dor crônica interfere no cotidiano das pessoas, prejudicando o desempenho no trabalho, nas atividades de casa, no sono, nas relações pessoais e causa impacto até na economia. Segundo dados da Previdência Social sobre a saúde do trabalhador, a dor lidera o ranking de causas de afastamento do trabalho, afetando, inclusive, pacientes jovens em idade economicamente ativa. Entre os idosos, a prevalência de dor crônica é também alta, associada, muitas vezes, à presença de doenças crônicas e degenerativas e à falta de atividades físicas. O impacto, muito além do sistema previdenciário, é também sobre o sistema de saúde, público ou privado, já que o aumento da procura às emergências médicas, às internações hospitalares repetidas e a exames e procedimentos cirúrgicos é sintomático (e poderia ser evitado).

Nessa quinta-feira, 17, Dia Mundial de Combate à Dor, a sociedade médica alerta para este problema que é sinônimo de sofrimento, estresse e isolamento, afetando a saúde física, emocional e social de quem sente dor, interrompendo sua qualidade de vida. “Sentir dor permanente está se tornando algo comum, mas não é normal. A pessoa que sente dor não deve, em hipótese alguma, acostumar-se com a circunstância. Deve, sim, procurar um tratamento multiprofissional especializado para resgatar sua qualidade de vida”, defende o Dr. Leandro Menezes, especialista em dor e um dos médicos responsáveis pelo Centro de Tratamento da Dor (CTD Qualivida) em Vitória da Conquista.

Atualmente, a medicina dispõe de técnicas cada vez mais eficazes para o tratamento e controle da dor e para a reinserção precoce do paciente em seu contexto social. Além de contar com avaliação médica especializada e equipe multidisciplinar, o paciente que sente dor pode ser tratado com medicamentos, bloqueios anestésicos e infiltrações e acompanhamento de fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e acupunturistas médicos. “Essa é uma data importante para a conscientização do tema, tanto das autoridades quanto da população em geral, para que sejam sensibilizados sobre a questão do controle da dor como direito humano. Todo paciente com dor merece tratamento”, conclui Dra. Monnaliza Fagundes, também especialista em dor do CTD Qualivida.



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