Conquista: Pais de alunos sem aula na zona rural querem protestar e bloquear a BR-116

Pais de alunos da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista, que residem na zona rural, estão ‘na bronca’. A falta de transporte tem inviabilizado a presença dos estudantes na sala de aula.

Cansados de não terem uma resposta positiva do poder público municipal, uma comissão de pais entrou em contato com a nossa reportagem informando que estão organizando um protesto e bloquear um trecho da BR-116 para chamar a atenção da Prefeitura.

“Minha filha já tem quase 1 mês que não vai a escola, se juntar com as férias de meio do ano, são dois meses dentro de casa”, disse um dos pais.

O caso ganhou repercussão estadual com uma reportagem no Jornal A Tarde de ontem (domingo).

Em entrevista ao A TARDE, o secretário municipal de Educação, Esmeraldino Correia Santos, afirmou que a licitação foi concluída e garantiu o retorno das aulas para hoje (29).

Histórico

A falta de licitação para o transporte escolar é um problema desde 2017. Segundo o vereador petista e ex-secretário de Educação no governo do correligionário Guilherme Menezes (2013-2016) Valdemir Dias, a gestão do atual prefeito Herzem Gusmão (MDB) herdou do antecessor os contratos do serviço. No entanto, assinados em 2013, eles estavam prestes a vencer em 2017 e não poderiam mais ser renovados. Caberia à prefeitura, então, fazer outra licitação, mas, de acordo com ele, a gestão não conseguiu sucesso nos certames, que acabaram cancelados. A partir daí, a prefeitura passou a fazer contratos sem licitação e realizar aditivos em outros para manter os ônibus à disposição dos estudantes.

Só agora, no fim deste mês e depois de uma recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a prefeitura fez nova licitação. “Desde 2017 estava havendo problemas no transporte escolar, faltando ônibus, principalmente para alunos da zona rural. Nós fizemos audiências públicas na Câmara para discutir isso. Eles não tiveram competência de fazer licitação até hoje”, criticou o vereador.

O secretário Esmeraldino Correia se defendeu e enfatizou a dificuldade de encontrar empresas habilitadas ou com interesse de participar das concorrências. “Muitas vezes as empresas entram, ganham, não cumprem com o edital e precisamos reeditar. Foi o que aconteceu aqui”, ponderou.



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