Agricultores familiares, movimentos sociais, sindicatos e entidades ligadas à agricultura familiar e ao trabalho no campo se reuniram neste sábado, 18, em Malhada e, também, Palmas de Monte Alto, na região do Médio São Francisco, para debater e discutir os prejuízos que podem ser causados pela reforma da previdência aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, especialmente, os rurais, caso o projeto do governo Bolsonaro seja aprovado.
As Audiências Públicas “Não à Reforma da Previdência” são iniciativas dos deputados Waldenor Pereira (federal) e Zé Raimundo (estadual) em parceria com lideranças políticas dos municípios e têm por objetivo informar a população sobre os riscos aos direitos previdenciários e sociais representados por uma possível aprovação da reforma.
“A proposta do Bolsonaro é pior que proposta do Temer. É uma proposta que aumenta a alíquota, aumenta a contribuição; aumenta o tempo de contribuição do trabalhador, que terá que contribuir no mínimo 20 e no máximo por 40 anos; aumentam a idade mínima dos homens de 60 para 65 anos e das mulheres – que atualmente é de 55 anos – eles estão aumentando para 62 anos. Então, de uma forma geral, eles aumentam o tempo, aumentam a idade, e, no final, o benefício da aposentadoria vai acabar sendo menor, pois eles também mudaram a forma de se fazer o cálculo”, explicou o deputado federal Wldenor Pereira, que está acompanhando de perto o projeto na Câmara Federal.
Zé Raimundo alertou para o fato de ser preciso atenção da população e cobrança da sociedade de seus representantes no Congresso Nacional, para que “uma reforma, claramente, prejudicial ao povo” não seja aprovada. O deputado revisitou a história das lutas e conquistas sociais no Brasil para explicar o atual momento político.