Após repercussão de vídeo, repórter da Globo nega que tenha sofrido assédio em estádio

A repórter Fabiola Andrade, da Globo, se manifestou no Instagram após a repercussão de um vídeo em que supostamente um cinegrafista da mesma emissora passa a mão em sua bunda durante um jogo na Arena Corinthians, em São Paulo, no último sábado, 17. Segundo ela, não houve assédio e o colega estaria manuseando o cabo de áudio que fica preso a sua roupa na transmissão.

“A respeito do vídeo que está circulando nas redes sociais desde ontem eu queria dizer que vi outros ângulos do mesmo momento do jogo e conversei com o meu colega que trabalha comigo há cinco anos. Ele me procurou várias vezes hoje. Pra mim não aconteceu assédio ou abuso. Ele estava manuseando o cabo de áudio que fica preso à minha roupa durante a transmissão, situação comum em dias de jogos. Agradeço todas as manifestações de apoio e solidariedade, seja de amigos, seguidores, telespectadores, clubes e movimentos que lutam pelo respeito e pela igualdade de gênero. O episódio serviu para mostrar, mais uma vez, que essa luta se fortalece cada vez mais”, escreveu a jornalista.

O caso repercutiu depois de internautas publicarem um vídeo e identificarem o assédio sexual. A cena ocorreu no final da partida, quando houve tumulto entre o lateral Fagner, do Corinthians, e jogadores do Vasco. A repórter tentava entender o motivo para informá-lo ao vivo no canal Premiere, que transmitia o jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O pau rolando e o cara passando a mão na bunda da mulher de verde. Se alguém souber quem é esse babaca, falem. Tem que evitar esse tipo de coisa. https://t.co/hL3i6rS6KG

Após a repercussão, o clube se manifestou: “O Sport Club Corinthians Paulista se solidariza com a repórter Fabíola Faria Andrade, vítima de assédio por um colega de imprensa durante a confusão no jogo de sábado. O episódio lamentável é prova irrefutável da importância das várias iniciativas do clube”.

No Instagram, a própria jornalista teria afirmado a um seguidor que estava “arrasada” e que a Globo iria apurar o caso. Confira abaixo:

A campanha “Deixa Ela Trabalhar”, criada em luta contra o machismo no jornalismo esportivo, também publicou uma nota de repúdio.

“As imagens que circulam nas redes sociais mostram o que, lamentavelmente, acontece em diferentes contextos, no metrô, na rua, no estádio e escancaram atitudes que devem ser repudiadas e punidas. Nosso total apoio e solidariedade à colega que estava no campo trabalhando e que nesta, como em qualquer outra situação, merece RESPEITO”, escreveu o movimento.



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