Testemunha diz à polícia que jogador Daniel foi espancado antes de morrer; crime foi passional

A Polícia Civil de São José dos Pinhais ouviu na manhã desta quarta-feira, uma testemunha que estava com o jogador Daniel momentos antes de sua morte. Segundo o advogado da testemunha, Jacob Filho, ela conta que Daniel foi espancado dentro da casa do principal suspeito do crime e que havia muito sangue no local. O motivo seria passional, em razão de um relacionamento do jogador com a esposa do suspeito.

A testemunha contou que Daniel e mais seis pessoas, incluindo ele, estavam em uma boate em Curitiba, quando decidiram ir para a casa do suspeito do crime. Em meio à festa na casa, a esposa do suspeito teria gritado por “socorro”.

Em seguida, Daniel é visto dentro do quarto sendo espancado por quatro pessoas. O advogado salientou que ainda não é possível saber se Daniel estava tendo um relacionamento amoroso com a esposa do suspeito ou a violentando.

– Eles foram para essa casa, que teria uma festa com o supeito e mais seis pessoas. Em determinado momento, o Daniel teria ido para um quarto e em seguida uma das mulheres gritou pedindo por socorro. Uma das testemunhas (entra no quarto) e vê o Daniel espancado, só de cueca e camiseta, e o suspeito e mais três pessoas batendo nele.

Ainda conforme o advogado, o relato era de que Daniel pedia para não ser morto.

– Segundo relatos que ele deu, havia muito sangue e o Daniel pedia para não morrer. Ele estava quase sem respiração e o corpo sem condições de locomoção.

O corpo de Daniel foi encontrado em uma área de mata próxima à uma estrada rural, na cidade de São José dos Pinhais. Segundo as investigações da polícia, ele foi morto na madrugada de sábado e encontrado por moradores na manhã seguinte. O jogador foi identificado apenas na noite de domingo.

A polícia não comenta as investigações, mas confirma que ele foi morto por uma arma branca, provavelmente uma faca, e que teve o orgão genital cortado. O corpo também sofreu várias perfurações no região do pescoço. Várias pessoas ligadas ao jogador já foram ouvidas e as investigações estão adiantadas, segundo a Polícia Civil.

Conforme a testemunha, o autor do crime procurou as pessoas que estavam na casa para montar um alíbi mudando as versões dos fatos. Com medo, a testemunha resolveu se apresentar na delegacia com um advogado para dar informações. Ele será incluído no serviço de proteção às testemunhas da Justiça.

– O suspeito encontrou com testemunhas e disse que tentou mudar as versões dos fatos. Ele chegou a usar o termo “o elo está fechado”. Foi quando a testemunha procurou a polícia para ser protegida, informou o delegado.



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