Conquista: Dois anos da morte de Jéssica; acusado do crime continua foragido

Passaram-se dois anos neste 25 de abril, desde o dia em que a jovem Jéssica Nascimento, que hoje, se estivesse viva, estaria com 23 anos, foi espancada, pelo então namorado, Américo Francisco Vinhas Neto, de 24 anos. Por causa dos ferimentos, Jéssica, que estava grávida, perdeu o bebê e morreu cerca de duas semanas depois de ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Vitória da Conquista. O velório e enterro foram em Itapetinga, onde a família dela mora, a cerca de 100 km de Vitória da Conquista.

De acordo com familiares e amigos, Jéssica tinha um relacionamento de alguns meses com o estudante de Engenharia,  Américo,  e durante uma discussão provocada por ciúmes ao ver uma conversa no celular dela, Américo teria começado a espancar a jovem. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto mediante pagamento de fiança de R$ 5 mil.

A defesa do suspeito disse que o cliente foi liberado porque a Polícia Civil configurou inicialmente o caso como violência doméstica, já que a jovem ainda não havia morrido, e entendeu que a situação era afiançável. Dias depois, no entanto, após a morte da jovem, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito, que foi acatada pela Justiça, mas ele nunca mais foi localizado.

A advogada da família da vítima, Nádia Cardoso, defende que o suspeito cometeu o crime por ciúmes, ao ver que a jovem estava usando o celular. Ela defende que o suspeito responda pelo crime de homicídio qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos.

Dias depois um mandado de prisão foi expedido contra Américo, mas ele nunca foi localizado, desde então passou a ser considerado foragido da justiça. O caso foi encaminhado para a Vara da Violência Doméstica no Ministério Público Estadual, de onde foi pedida transferência para a Vara do Júri, que deverá ser julgado como homicídio qualificado ao invés de lesão corporal, assim a pena pode tornar-se ainda maior.

Américo foi indiciado pela polícia por lesão corporal seguida de morte e dano qualificado. O primeiro com pena de até 12 anos e o segundo com pena de até 3 anos. O inquérito foi concluído pela polícia no dia 25 de maio, um mês após o espancamento de Jéssica.

O advogado de defesa de Américo Francisco Vinhas Neto, disse que o cliente está aguardando o Superior Tribunal de Justiça decidir sobre a ilegalidade ou não do pedido de prisão, e que aguarda uma decisão sobre o habeas corpus do cliente para que ele possa responder ao processo em liberdade.

O crime ganhou repercussão nacional e a sociedade em geral se comoveu com esse caso absurdo de brutalidade e espera por justiça. Mas até o momento não há maiores informações sobre o paradeiro de Américo Francisco Vinhas Neto, ele estudava engenharia numa faculdade particular de Vitória da Conquista.



Conquista, Destaques, Notícias, Polícia, Vitória da Conquista

Comentário(s)