Hoje, 12 de dezembro, completam exatos dois meses que uma adutora da Embasa estourou próximo a uma casa, em Vitória da Conquista. Com o rompimento um grande volume de água vazou, derrubou o muro de uma casa e inundou toda a residência com uma forte onda, estragando móveis e eletrodomésticos, danificando completamente a estrutura da casa e desalojando os 11 moradores, todos da mesma família.
Desde então a família passou dias num hotel e depois a Embasa forneceu três apartamentos para eles morarem temporariamente, distantes uns dos outros, bem diferentes de quando todos viviam juntos.
Três laudos, elaborados por engenheiros detectaram um problema sério no subsolo do terreno da casa inundada, o que segundo os laudos precisaria de uma reforma mais complexa, e que custaria cerca de 290 mil reais. Mas segundo a família, a Embasa teria se comprometido a pagar apenas 23% do total da reforma, ou seja, apenas 66 mil reais. Ainda assim, sem prazo para iniciar a obra. Apenas o muro foi levantado.
Outros problemas como diversas rachaduras apareceram pela casa devido a inundação. Outra questão são os móveis, pelo fato de terem molhado, praticamente tudo teve de ser jogado fora. A Embasa disse que até março tudo deve ser comprado novamente.
Enquanto isso a família lamenta o descaso da Embasa: “Querem dar como se fosse dado. Como se a gente estivesse pedindo esmola a eles. Arrebentaram com a vida da gente, arrebentaram com nossa casa, com a estrutura familiar nossa. Onze pessoas estão morando em três apartamentos em locais diferentes e eles ainda acham que estão fazendo uma grande coisa.”. Desabafou um dos membros da família.
Toda essa situação foi mostrada numa reportagem exibida pela TV Sudoeste. Em nota a Embasa disse que o processo administrativo para o pagamento do valor acordado com os moradores da casa atingida pelo vazamento está em fase de conclusão.
