Com o intuito de reconhecer a luta e a resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe, o dia 25 de julho é celebrado como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Em Vitória da Conquista, a Coordenação Municipal de Igualdade Racial promoveu uma manhã de visibilidade, em parceria com a Secretaria de Educação, Coordenação de Políticas para Mulheres, Senac, Movimento Mulheres que Gingam e ProLer. Na Praça 9 de Novembro, houve conscientização por meio de panfletagens, roda de capoeira, música ao vivo, além do público poder traçar seus cabelos.
“O Governo de Herzem Gusmão também está tendo essa preocupação de dar um foco maior a esse dia, porque a gente sabe que quem hoje sofre muito em todos os aspectos, em nossa sociedade, é a mulher negra. Esse movimento é para conscientizar a comunidade conquistense sobre isso, valorizar a mulher negra e convidá-la ao empoderamento”, declarou o coordenador municipal de Igualdade Racial, Beto Gonçalves.
Horrana Quetile Pinto integra o movimento feminista Obá Elékòm, que em iorubá significa sociedade das mulheres negras. Ela participou das atividades e falou da importância deste evento: “É um dia pouco conhecido, mas, com essa mobilização, que está tendo mais força, estamos buscando espalhar conhecimento com panfletagens e murais falando sobre o dia e sobre algumas mulheres negras, pedindo respeito”.
Além de se unirem para pensar a questão de cor e gênero, as mulheres de Conquista também se unem para jogar capoeira. O Movimento Mulheres que Gingam foi formado há um mês e, na manhã desta terça, realizou sua primeira apresentação. “Viemos mostrar que na capoeira tem mulher, seja ela da cor ou da religião que for”, disse a integrante Andressa, conhecida como Sereia.
Dudu de Rio de Contas estava de passeio em Conquista e parou na praça para deixar seu nome registrado no espaço livre para manifestação do público. “Vocês estão de parabéns. Nós, negros, já sofremos muito e ter esse dia é mais que merecedor”, afirmou.
