Indicação ao governador Rui Costa foi apresentada hoje (01/05) pelo deputado estadual Zé Raimundo (PT) para a inclusão da pavimentação e recuperação da BA-160, no trecho de 130 quilômetros que liga Malhada a Bom Jesus da Lapa, no estudo de viabilidade econômica e ambiental – EVETEA, que será realizado junto ao percurso da FIOL – Ferrovia Oeste/Leste.
A via indicada para recuperação, na sua origem pavimentada, encontra-se em estado de deterioração, embora haja uma grande extensão ainda com base e sub-base, que facilitaria as obras para sua revitalização, explica o deputado. “O trecho conhecido popularmente como Rodovia dos Quilombolas, pela significativa quantidade de comunidades quilombolas que ela contempla, é de extrema importância para a população dos municípios envolvidos”, acrescenta.
A indicação feita oficialmente através da Assembleia Legislativa é dirigida também ao secretário estadual de Infraestrutura, Marco Cavalcante, reforçando o pleito levado pessoalmente a ele, há 15 dias, quando o parlamentar acompanhou as lideranças de Malhada, em audiência na Seinfra, os vereadores Jorge Aragão, Juliene Nunes, Manoel Messias, Manoel Rufino e Cristiano Magno.
O deputado argumenta que os impactos causados pela construção da FIOL devem ultrapassar o seu objetivo principal. Além de fundamental para o desenvolvimento do agronegócio e da mineração da Bahia, especialmente na vasta região abrangida pela Serra Geral e pelo Médio São Francisco, a expectativa é que os seus trilhos abrirão uma nova alternativa logística para os Portos do Nordeste brasileiro, oferecendo um sistema de transporte seguro e eficiente, com custos de fretes mais competitivos, gerando divisas e milhares de empregos diretos e indiretos.
Zé Raimundo observa que os estudos iniciais apontam para um volume de cargas da ordem de 70 milhões de toneladas anuais e os empreendimentos ferroviários, quando concluídos, irão promover a integração nacional, por meio das suas conexões com ferrovias novas e existentes, ligando o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Por isso, ressalta que FIOL possibilitará a ocupação econômica e social de diversas áreas, hoje pouco desenvolvidas, mas que demonstram grande potencial produtivo. É o caso da área ribeirinha do Vale do Iuiú, sobretudo a extensão do trecho dos 130 km da BA-160, onde localiza-se um grande corredor de escoamento de produção agropecuária, oriundo tanto de pequenos, como grandes propriedades rurais, com ênfase na produção de algodão, sorgo, entre outros produtos, como argumenta.
“Portanto, se levarmos em consideração o aspecto social, a possibilidade de articulação de diferentes ramos de negócios proporcionada pela implantação desse empreendimento ferroviário contribuirá para aumento da renda interna e para o aproveitamento e melhor distribuição da riqueza, com a abertura de novas frentes de trabalho. Isso permitirá a diminuição de desequilíbrios econômicos entre regiões e pessoas, resultando na melhoria significativa da qualidade de vida da população da região”, conclui Zé Raimundo.
