Opinião: Arte, literatura, elegância e estilística

Por *Vilmar Rocha

Arte, literatura, elegância e estilística são termos praticamente indissociáveis e que, de alguma forma, se complementam.

No último sábado, aconteceu a homenagem póstuma ao Paulo Mascena, produtor artístico de Conquista, que faleceu no último dia 13, fato triste que foi amplamente noticiado. Os termos que citei acima descrevem tanto o Paulo, quanto o evento, que reuniu grandes nomes do cenário artístico conquistense. Saibamos:

Arte: habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional. Essa definição, bem técnica, não contempla o processo humano do próprio artista. Paulo era um entusiasta e um promotor da arte em nossa cidade. Grandes produções levaram o nome dele e foram lembrados naquela noite que era sim dedicada à arte, ou seja, ao Paulo.

Literatura: a arte da palavra, que tem a função de nos entreter, nos fazer sonhar, de retratar e denunciar a realidade e ainda, de humanizar o ser. Arte e literatura andam juntas. Uma não sobrevive sem a outra, afinal, literatura é arte! As palavras ditas por aqueles que enunciavam quando faziam uso do microfone relatavam as suas vivências com o Paulo com a clara e explícita manifestação do eu poético. E cada fala não poderia terminar melhor, com música!

Elegância: próprio de quem é requintado, apurado, chique, fino, sofisticado, refinado e seleto. O adjetivo elegante foi socializado de forma unânime por aqueles que se apresentaram no palco do teatro ao se referirem ao Paulo. De fato, ele era de uma elegância única que encantava todos aqueles que passaram pela sua trajetória.

Estilística: o termo é utilizado na gramática para explicar a expressividade da linguagem através da emoção por meio de processos fônicos, lexicais, morfológicos, de construções sintáticas e associações significativas. Música, poesia, declarações, homenagens, todos esses processos enunciativos levaram emoção aos que assistiam as apresentações naquele momento.

A minha intenção com esses escritos é fazer com que aqueles que os leem sintam a energia que contagiou artistas e público que se fizeram presentes em um encontro para homenagens e lembranças embebecidas com nostalgia, saudosismo e alegria, não necessariamente nessa ordem e que se repetiam por vários momentos, juntas, às vezes. Talvez, aqui, esteja socializada a minha homenagem e viva aos que vivem e fazem uso da arte, da literatura, da elegância e da estilística!

*Vilmar Rocha é licenciado em Letras pela Uneb e professor de português, como idioma vernáculo e inglês, como língua adicional. É especialista em Ensino de Línguas Mediado Por Computador pela UFMG e Mestrando em Letras: Cultura, Educação e Linguagens na Uesb. Também é Administrador e Especialista em Gestão Empresarial. Já trabalhou na gestão de contratos e desenvolveu projetos socioambientais.



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