Bahia: Militante do PT é morta pelo marido e enterrada no quintal

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Da Revista Fórum A professora e militante petista Sandra Oliveira foi morta e enterrada no quintal de casa pelo próprio marido, Jefferson Amaral do Carvalho, que depois jogou concreto sobre o local. O crime, que aconteceu na manhã do último sábado (28), em São Jorge dos Ilhéus (BA), foi denunciado pelos vizinhos do casal, que estranharam o buraco concretado no quintal de Jefferson e chamaram a Polícia Militar.

Há relatos de que o casal brigava constantemente e que Jefferson costumava bater na mulher. Sandra, conhecida como Sam Oliveira, foi morta com golpes de faca no pescoço. Segundo a delegacia da cidade, a suspeita é de que ela tenha sido morta na noite de sexta-feira (26) e enterrada na cova improvisada no sábado de madrugada.

Sandra foi retirada da cova e levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Já Jefferson foi levado para a 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) e confessou o crime, mas não se sabe a motivação. Ele vai responder por homicídio e ocultação de cadáver.

Sandra, além de militante, era formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e professora da Escola Vila Verde, a duas instituições também de Ilhéus. Muito querida por todos na cidade, logo após o crime, várias mensagens de condolências e indignação apareceram no seu perfil no Facebook. O amigo Nélson Gadi, fazendo inferência ao relacionamento conturbado da professora, escreveu: “Esteja em paz, querida guerreira, Sandra Oliveira, A liberdade tem preço, mas não precisava ser tão caro”.

Andrea Felix, de Brasília, lamentou o feminicídio: “Nossa militância está de luto. Sandra Oliveira foi brutalmente assassinada no dia de hoje. Crime bárbaro cometido pelo seu esposo na cidade de Ilhéus-BA. Fico pensando até onde vai essa barbárie contra as mulheres que conseguem sobressair aos homens, que atingem a sua luz própria. Vá em paz companheira, aqui estaremos fazendo de tudo para que a nossa causa não seja em vão”.

“Soube do trágico fim de vida da bela professora, guerreira e militante do PT amiga, mas, sobretudo, lutadora pelos direitos igualitários”, disse Eduardo Oliveira.

Fabi Soares acrescentou que “Sam Oliveira lutava incansavelmente pelo respeito, igualdade e contra todo tipo de violência e intolerância. Um monstro machista capaz de levar ao fim a vida de uma mulher… Como não se revoltar? Como não se indignar diante de tamanha brutalidade? Somos mulheres e somos tão fortes na vida e por um segundo nos tornamos frágeis e vulneráveis fisicamente diante de um homem”.



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